Se eu escrever sobre o dia, será que ele não volta mais para me assombrar de madrugada?
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Como eu tinha uma reunião às 9:00 fora da Subprefeitura, quis chegar lá antes disso para aproveitar as horas mais sossegadas do dia. Resisti à tentação de ligar TV e computador em casa, senão grudo e não saio mais.
Cheguei às 7:30. Foi ótimo. Adoro manhãs; se elas durassem oito horas, eu renderia o dobro. As tardes podiam ser mais curtas.
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Comecei respondendo emails - sobre o Dia Internacional da Mulher (Sindicato dos Comerciários está planejando um evento bem bacana), coleta seletiva, córrego entupido, servidores, licenças de funcionamento etc.
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Registrei um "SAC" (pedido registrado via Serviço de Atendimento ao Cidadão)falando de um buraco na minha rua, quero ver se funciona. Atenção, CIUO, não vale furar a fila depois de ler no blog! :oP
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Conversei com um funcionário (servidor de carreira) que veio me apresentar alguns dados do seu trabalho (mapeamentos), criticar desacertos da transição na Sub (com razão; como é difícil), falar um pouco de sua experiência no serviço público (com uma paixão que dá gosto de ver) e falar bem de alguns colegas (aleluia! Também acontece :o)).
Falamos de alguns dos nossos problemas mais críticos e do trabalho dele na solução de alguns deles (ex.: Morro do Sabão, no Jaguaré). Chateado com mudanças em seu departamento, pediu, com muita franqueza, para trocar de lugar e se dedicar a determinada função junto a outra pessoa com quem ele se dá muito bem e que precisa de alguém para dividir o serviço. Sim, claro! Quem dera eu soubesse o que cada um realmente gostaria de fazer, onde, com quem. Alguns casos seriam impossíveis de resolver (eu, por exemplo, queria ser prefeita, mas deixa pra lá...). Outros não só seriam possíveis como altamente desejáveis, sob todos os pontos de vista. Funcionários felizes fazendo o que gostam e melhorando a qualidade do serviço.
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Saí para outra reunião, mais ou menos com o mesmo tema. Tem muita gente com vontade de fazer mais do que está fazendo agora e com totais condições para isso.
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Dei de cara com uma equipe de remoção mudando uma banca de lugar. Nem vou contar a história toda - a essa altura, eram dez da manhã e ainda tinha chão pela frente.
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Reunião com a coordenadora do Pró-Ciclista (Grupo Executivo para Melhoramentos Cicloviários, composto por representantes de sete órgãos da prefeitura) para definirmos ações para a Lapa. (Achei uma apresentação da Laura Ceneviva, a Coordenadora, muito simples e elucidativa, veja aqui) O Plano Diretor Regional prevê duas ciclovias na Sub (Seção II, Artg. 12, Parágrafo 5º); vamos dar início ao projeto da primeira delas. Fácil não é: o Plano Diretor traz muitas aspirações e desejos ambiciosos, nem todos exeqüíveis - entre eles, a realização de várias obras viárias caras, complexas e até mesmo discutíveis (veja, por exemplo, os itens 7, 16, 17 e 18 deste quadro - e a previsão maluca de fazer algumas dessas obras até 2006). Pois um trecho da ciclovia passaria, segundo o PDR, por uma via proposta pelo próprio Plano - ou seja, que não existe e talvez nunca venha a existir, porque é uma idéia de transposição dos trilhos da CPTM que pode ser tornada obsoleta pela obra grandiosa que a empresa pretende fazer ali. Enfim, na semana que vem haverá uma inspeção cuidadosa de todo o trecho para ver o que é possível de se fazer.
Também queremos bicicletários, ciclofaixas, rotas sinalizadas, educação etc.
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Mais emails, documentos para assinar, telefonemas e uma nova operação: desmontar barracos que estavam sendo construídos sobre um córrego - detalhe, para venda. Segundo consta, a 2 mil reais cada um. Precisávamos retirá-los antes que ficassem prontos para serem "comercializados" (haja maldade nesse mundo).
"Estão vazios? MESMO?", perguntei. "Sim, são "cenográficos". E estão EM CIMA do córrego, a gente não pode deixar". Ok. (Claro que houve dificuldades depois, mas nem vou voltar para contar essa parte, agora acabou).
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Breve reunião de planejamento de operações de fiscalização para usarmos ao máximo nossos recursos e tirarmos o atraso de tantas consultas/reclamações/denúncias.
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Entrevista ao Grupo 1 de jornais.
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Reunião com o diretor do Núcleo de Gestão Descentralizada da Secretaria do Verde. Temas: arborização, manutenção, mutirões, hortas comunitárias, segurança alimentar, programa da zeladoria de praças, calçadas verdes, requalificação do espaço urbano, educação...
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Assinei os papéis para contratação de "Prestação de serviços de poda e remoção de árvores (3 equipes – 6 meses); de "conservação de galerias e demais dispositivos de drenagem superficial junto a córregos e canais" (1 equipe , 4 meses); de "limpeza manual de galerias, córregos e canais" (1 equipe, 12 meses).
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Discuti dois casos de licenciamentos pendentes. Em um deles, a documentação está sendo providenciada. O outro é mais complicado; é possível que seja uma situação irregularizável. Vamos verificar.
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(Imagino quantas pessoas diferentes, por razões diferentes, estarão lendo isso e pensando: "Será que é o meu caso?". Adoraria tranquilizá-los, mas veja bem, talvez SEJA o seu caso. Aliás, são centenas de casos. Oh shit).
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Estabelecimento fechado com estardalhaço. Proprietário do imóvel, indignado, vem reclamar no gabinete.
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Mini-reuniões-relâmpago (ou nem tanto) sobre atividades culturais, Centro de Convivência Cecilia Meireles, RH (falta gente aqui, talvez tenha gente sobrando ali...), projetos para praças, Defesa Civil. E tive de ir embora sem participar de uma última reunião entre representantes de skatistas, do Viva Pacaembu, Secretaria das Subprefeituras, Secretaria do Verde e um assessor meu. Tema: firmar um acordo para o uso da pista de skate do novo Parque Municipal (Zilda Natel, quase pronto para inaugurar) sem causar desespero na vizinhança.
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Talvez eu tenha esquecido alguma coisa. Espero não sonhar com ela - muito menos perder o sono pensando nisso.
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(E eu achei que, começando cedo, teria tempo para estudar o material sobre as Operações Urbanas Água Branca...)
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Amanhã, entre 8:30 e 12:00, tenho três compromissos em três lugares diferentes (o primeiro, no Paraíso, é pessoal). Valei-me, São Cristóvão.
Quanto ao "SAC", funciona sim ;). Ao menos para certas áreas. No caso de buracos, sempre funcionou comigo. Coleta de "bagulhos", entulhos funciona também. Fiscalização em geral funciona.
ResponderExcluirO que não funcionou comigo foi remoção de veículo abandonado e teve um outro SAC que fiz que demorou mais de 2 anos para ser atendido (era sobre um muro na iminência de cair... bom, o muro não caiu, mas melhor prevenir do que remediar ;).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSoninha vc. vai ver muito servidor de carreira que trabalha com paixão, realmente será ai que sua administração se destacará das demais, pois sei que vc dará o devido valor a isto.
ResponderExcluirque beleza!
ResponderExcluirGostaria de saber no que você se baseia para considerar a obra do item 7 do PRE-LA discutível. Se for devido ao termo "obra de arte", entendo que seja discutível, mas como morador da região, informo-lhe que alguma obra viária que eliminasse ao menos um dos cruzamentos (Corifeu x Politécnica, Corifeu x Jaguaré, Jaguaré x Politécnica) melhoraria bastante o tráfego nas 3 avenidas, principalmente no horário do "rush".
ResponderExcluir"Noooooooosa, é tudo que eu queria" (mi madre, empolgada com a possibilidade de ser escolhida como zeladora).
ResponderExcluirDona Sonia Francine, espalhando esperança...huauhahuahu. Já perdi as contas de quantas vezes foram, mas vai aí mais um pra senhorita: Gracias.