sábado, 31 de janeiro de 2009

Metamorfose ambulante

Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhes disse antes


Não, tudo não, só uma parte. A da casa noturna.
Eu fui tomando conhecimento da ocorrência por telefone celular, aos pedaços. No fim, o que parecia uma cobra + um leque + duas lanças + um espanador era um elefante (vocês conhecem a história dos cegos, não conhecem?).

A casa foi fechada em função de uma série de queixas, denúncias e irregularidades. O proprietário diz que tomou providências que não aparecem, nas nossas consultas, como tendo sido tomadas.

Havia mesmo um guincho diante da casa, fechada com malotões. Havia mesmo um carro de polícia atrás do guincho, mas os policiais alegam que foram verificar o que estava acontecendo.

Dali a pouco havia oito viaturas diante da casa - aí eu realmente já não sei mais o que aconteceu. Exceto que foi todo mundo para a delegacia e foi registrada uma ocorrência com as várias versões da história. Coisa de louco.

Durma-se com um barulho desses - e com a casa noturna fechada, vejam só.

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Mas isso é que dá ir narrando os fatos ao vivo e de orelhada. Pega fogo na fábrica de colchão e a gente diz que caiu um avião.

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Mais uma história que chegou agora no começo da madrugada, contada pelos assessores que estavam na Aldeinha:
"Lembra aquele bode que eu fotografei no começo da semana? Pois é, a dona dele tem um sítio em São Roque. Não quis albergue, não quis nada, disse que ia voltar para o sítio. Queria a verba de indenização, mas se não ia rolar..."

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Sabe do que eu lembrei? De "Faça a Coisa Certa", do Spike Lee. Só treta, só B.O., só gente irada, cheia de motivos, perdendo a razão.

4 comentários:

  1. Eu parto do princípio que só dá para ajudar efetivamente quem quer ser ajudado. Constatamos pelos seus posts que da parte da subprefeitura tudo está sendo feito, então resta aos desabrigados terem bom senso e também colaborarem.

    O sujeito que se acha o coitado, vítima, mas faz tudo que não deve, inclusive querer morar onde não pode, torna a situação pior ainda.

    Penso que as cidades vão tolerar cada vez menos gente morando em lugares irregulares. A população está aumentando. O futuro será mais rigoroso.

    Mas parabéns pelos esforços e o trabalho da subprefeitura, pois dá para imaginar o quão difícil isso é.

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  2. Depois do furacão da sexta, vi e li o post da Al Qaeda e não resisti (os poetas que me perdoem, mas eu vou soltar essa, com a condescendência amiga do anonimato): mulheres novas são meros ensaios de uvas insinuando frestas entorpecentes na beleza das formas. Em outras palavras, você está no auge!

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  3. Eu leio por aqui e acompanho ao vivo na rua. Ontem passei pela tal ocupação com uma amiga e ela comentou: "Já perdi as contas de quantas vezes já vi este vazio desse jeito. Não dou uma semana pra encher de gente mais uma vez". Todo espaço público tem que ser ocupado (com parque, escola, UBS, campo de baseboll), senão é invadido. Um exemplo legal é o da antiga favela do gato (atual conj habitacional do parque do gato), na marginal Tietê.

    Passei também ao lado da boate Santa Clara. Aliás, moro duas quadras dali. Para mim, faltaram informações pra entender a história. Como morador, só posso garantir que os caras enchem o saco com o barulho e os transtornos. Ali é Zona pra fazer tamanha zona? Estão respeitando o plano diretor? Hit me!

    Boa semana pra você!

    PS: continuo esperando aquelas coisas muito muito legais que você ficou devendo em algum posto anterior.

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  4. Quem viu no news flash da TV Lobo o fogo na fábrica de colchão e dizendo que era queda de avião foi um amigo meu (agora nosso, cara Subprefeita). A coisa acabou no Congresso.

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Talvez eu responda seu comentário com outro comentário... Melhor passar por aqui de vez em quando para ver se tem novidades para você.