sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quase no fim

Finalmente, desci (demorei porque ao mesmo tempo apareceu outro problema inacreditável, que precisei encaminhar por telefone).

Encontrei três famílias. Uma mulher de rosto encovado, ainda muito nervosa, com duas meninas lindas. A mais novinha não tem dois anos; ainda anda cambaleando e tem poucos dentes na boca. E sorri sem parar, a coisa mais doce. A mais velha é magrelíssima, muito mirradinha, mas muito animada também. Corre, brinca, dança.
A mãe conversava em um canto com a Assistente Social.

Outra mulher, menos judiada que essa, deixou os filhos debaixo do viaduto tomando conta das coisas deles, e havia ainda um casal com um menino de seis anos.

A primeira mulher foi uma das que resistiu furiosamente. Qual o receio dela? Que fossem lhe tirar os filhos. Por isso virou bicho, não admitia de jeito nenhum, ficou apavorada.

Quem olha para ela diz "essa não tem a menor condição de cuidar de duas crianças". Quem olha para as filhas, se encanta: "Que crianças gentis, educadas". Inacreditável. Uma graça. Eu tirei fotos, mas são só para mim... Não posso publicá-las aqui.

Quando as Conslheiras Tutelares e a Assistente Social, com muita paciência e doçura, garantiram que elas NÃO IAM tirar as crianças dela, que iam todos para o mesmo lugar, ela se acalmou. Mas ainda chorava e tremia de frio e de nervoso.

Depois, as outras três pessoas vieram falar comigo. Uma delas disse que chegou à area "uns quinze dias depois do cadastro da Habitação". Comprou lá um barraco não cadastrado (ou estava vazio ou foi construído depois do cadastramento) - e reconhece que quem vendeu a tapeou...

Mas ela e o casal juram, e juram com sinceridade que me convenceu, que alguém da Habitação (segundo dizem, uma assistente social) garantiu que podiam ficar ali, que a Habitação só ia mexer com "os [barracos] pretos" (os cadastrados, não sei de onde vem o apelido), que o caso deles era para depois.

Meia verdade, mentira inteira. A Habitação só ia mesmo "mexer com os cadastrados", quer dizer, encaminhar esses para os apartamentos da CDHU e não alocar os que se instalaram depois, que precisariam de um atendimento da Assistência Social. Mas não passou a bola para a Assistência... Os "pós-instalados" acreditaram que poderiam esperar algo melhor por ali mesmo. No fim, ficaram sem um e sem outro, sem Habitação e sem Assistência.

Eu argumentei, "Mas vocês viram que estavam desmanchando tudo. Estão lá a semana inteira. Não começou hoje. Não começou às oito da noite".

Também com muita sinceridade, responderam: "Se ela tivesse dito 'gente, sai daí que não vai ter jeito, procura outro lugar que é melhor para vocês', a gente saía. Mas ela ficou enrolando".

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Sei lá, quantas vezes a gente acredita no que quer acreditar? Eu me convenci de que eles entenderam mesmo a história dessa maneira. Que a "mulher da Habitação" os enrolou.

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"Soninha, no que você pode nos ajudar? Nós estamos sem nada, a gente só tem a roupa do corpo, nossas coisas ficaram todas lá na chuva".

"Hoje, a essa hora, a única coisa que a gente consegue arrumar para vocês é abrigo, um lugar para passar a noite, ficar o fim-de-semana. Aí na segunda-feira nós vamos atrás de outras coisas - hotel social, moradia provisória... A gente tem de ver. Vamos juntos procurar a Habitação, Cohab, CDHU, ver o que dá para resolver. Vamos ver isso juntos, a Assistente Social daqui acompanhando. Se eu disser que segunda arrumo apartamento pra vocês, é mentira...".

"Mas lá na CDHU que eles foram, tem um monte de apartamento vazio".

"Só que esses com certeza estão reservados pra outras pessoas. Quem já foi desocupado de algum lugar, tá saindo de área de risco, tá em moradia provisória... Esses vão pra apartamento e liberam a vaga da provisória, e a fila vai andando".

Eles concordaram completamente.

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Chegamos a falar sobre os cinco mil reais. Eu: "Isso não dá pra nada. Parece muito dinheiro, mas não resolve".

"Pra nós é muito dinheiro!"

"Não pra morar".

"Isso é verdade. Dá pra ir pra outra favela igual, mais nada".

"Pois é, outra favela que daqui a pouco tá na mesma situação. Não é assim que resolve".

Concordaram também.

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Aí se queixaram da violência. Da truculência de um não-sei-quem que deu um tapa na cara de uma mulher ("Não dessa vez, de uma outra"). Que chega de moto antes de todo mundo, ameaçando: "Olha aí, o bicho vai pegar, vocês tem uma hora pra sair daí". Que anda armado.

Reclamaram de quem consegue receber duas vezes a tal da verba, porque é pilantra - e eles sem nada.

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"Ontem passaram lá e disseram que era pra gente sair que a coisa ia ficar feia. A gente pensou que ia vir o choque".

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Uma das mulheres mostrou o braço todo machucado e disse que começaram a derrubar as coisas com ela dentro, arrumando as sacolas.

Disseram que se a TV não tivesse ido, "teria sido feio". Que o mesmo que deu na cara da mulher ficou "bem quietinho". "E eu dei nele, ah, dei mesmo". E: "Você vai ver o fim de uma favela na televisão".

Se escandalizaram com o desmonte da "igrejinha do pastor". "O pastor tinha casa cadastrada, mas não sei o que os irmãos dele fizeram que ficaram com a casa e passaram ele pra trás. Aí ele ficou com a igrejinha [um barraco também], aí foram lá e derrubaram até a igrejinha na frente dele. Coitado".

E ficaram indignados com uma pessoa que dizia estar intercedendo por eles, representando as famílias, e que depois de "sapear" bastante por lá desapareceu. Intercedeu coisa nenhuma.

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"E as nossas coisas?"

"A gente mandou um caminhão lá para pegar".

"Ah, que adianta? Jogaram tudo no chão, tacaram no meio da lama. Que horas foi o caminhão? Só se foi depois das nove".

"Foi agora há pouco".

"Agora já estragaram tudo, já quebrou tudo. Se a gente voltasse lá podia pegar as roupas, dar um jeito de lavar".

"Imagine... Como é que vocês iam lavar? De que jeito? Pára..."

"E que adianta pegar com o caminhão agora? Há quanto tempo está chovendo?"

"Olha, adianta tirar da lama e levar para um lugar coberto e fechado. Depois a gente vê. O que der para consertar, conserta. O que der pra lavar, lava".

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Daqui a pouco me ligam de lá da Aldeinha (era o nome da favela): "Precisamos de outro caminhão... O nosso já encheu e vai lá pra garagem".

Toca arrumar um caminhão extra. Liga daqui, de lá, conseguiram.

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Toca o telefone de novo: "Agora tem o problema de amanhã. Ainda tem muito resto de madeira aqui, entulho, tem de limpar tudo. Se sobrar alguma coisa, vai vir gente subir barraco, certeza. E caíram duas árvores agora; nossos carros precisam cuidar disso também".

Liga daqui, liga de lá, conseguimos mais um caminhão para amanhã.

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Fiquei fotografando e filmando as crianças - nunca vi UMA que não ficasse fascinada com a possibilidade de sair na foto. Dos meninos mais ranhetas e encrenqueiros e anti-sociáveis às meninas mais tímidas e retraídas e ressabiadas. Depois elas pedem para tirarem fotos elas mesmas, é infalível.

Coloquei no modo vídeo e perguntei se queriam cantar alguma coisa. O menino cantou uma longa música de amor - que no começo pensei que já existia, mas depois concluí que não. Ele confirmou: estava improvisando.

Depois começou a cantar um pancadão falando de tiros e mortes. "E eu puxo a arma" e não sei quê... (Seis anos!). Eu disse "ah, não, tenho horror de revólver". Ele ainda deu uma provocadinha, pegou um pedaço de plástico do chão e disse "isso aqui é um revólver da polícia!", mas não levou muito adiante.

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As mulheres disseram que alguns policiais e GCMs se escandalizaram com a desocupação. "Vocês têm de ir lá, exigir seus direitos. Isso não pode ser assim".

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Dois funcionários da Sub, em compensação, comentavam entre si: "E aquela nazista, lá?" Eu: "Que nazista?". "Uma GCM que só ficava olhando as crianças e falando: se mandar essa daí pra França, quanto vale, uns quinze mil?"

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Outra cena:

A mulher doida de crack, com uma garrafa em uma mão e uma faca na outra, segurando bebê debaixo do braço, ameaçava tocar fogo na casa com os filhos dentro. Um GCM atiçou: "Você é louca. Sua louca". Ela foi com a faca pra cima de um dos assessores e não acertou por pouco.

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Outra cena:

Pessoas que receberam verba de indenização voltavam só pra agitar.

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TEM-DE-TUDO-NO-MUNDO-O-TEMPO-TODO. Pobre e rico de caráter irretocável e pobre e rico filha-da-puta. Policial-herói e policial-bandido.

O outro grande problema de hoje foi o fechamento de uma casa noturna que a Sub não tinha a menor, a menor possibilidade de deixar funcionando. Eu pedi para a assessoria de comunicação - o assessor é incrivelmente caxias e levanta todas as informações existentes sobre tudo em minutos - o relatório de todo o processo de fiscalização, autuação, liminares, etc. Eram toneladas de reclamações de vizinhos, regras não cumpridas, declarações inverídicas, taxas não recolhidas, prazos desrespeitados... Da parte da Subprefeitura, a ação obrigatória era interditar.

E assim foi feito. Não foi "surpresa", não foi arbitrário, foi o fim de um processo que se arrastou por meses a fio de idas e vindas de pedidos e ordens não cumpridas.
À tarde foram colocados malotões para impedir a entrada (o prédio todo tem irregularidades, não se trata apenas do funcionamento da casa).

À noite aparece um guincho lá para retirar os malotões. Com cobertura de uma viatura da PM (???????!!!!!).

Fazer o quê? Chamar a polícia. Sério. Policiais militares deram voz de prisão a policiais militares, e lá se foram para a delegacia registrar a ocorrência.

Acho que estão lá até agora. Aconteceram outros percalços que nem dá pra detalhar agora.

Deu a louca no mundo.

***
A mãe das meninas era a mais detonada, mais molhada. Peguei uma camiseta que ganhei outro dia e dei para ela.

Dali a pouco, volta de casa o rapaz que bancou as esfihas com um par de tênis (em ótimo estado) para ela. Acho que ele falou "tchau" umas dez vezes até conseguir ir embora, e acabou voltando...

As outras pessoas resolveram ir para a Água Branca - outra favela - para a casa de parentes. Com seis filhos, se juntariam a outra família grande em um lugar já apertado.

Ficamos de falar amanhã para conseguir mais roupas para eles.

***
Uma das nossas kombis estava lotada com os pertences da mãe das meninas (vou chamá-la de Bia, para facilitar). A Assistente Social estava com a chave de uma sala que eles acabaram de desocupar, e me consultou se podia deixar as coisas dela lá. Claro que podia.

Pegamos várias caixas de papelão (molhadas) e algumas sacolas de ráfia com uma ou outra roupa e muitos, muitos brinquedos. Alguns bem novos, certamente distribuídos no Natal.

Enquanto carregávamos as coisas para a sala, a menina menor (que vou chamar de Luíza) saiu desesperada atrás das caixas. Afinal, ali estavam suas bonecas... A Conselheira Tutelar e a agente do CAPE (programa que tem aquelas kombis coloridas da SMADS, Secretaria da Assistência Social) ajudaram a escolher duas ou três para levar consigo, aí ela sossegou.

Bia, Luíza e sua irmã foram, com a kombi, para um abrigo em Santo Amaro. Na segunda-feira elas voltam aqui para a Assistência Social delinear um trabalho de médio prazo.

***
Exausta, ela só fala em voltar para a casa do pai em Minas Gerais. "Sul de Minas?". "Não, norte, a última cidade antes da Bahia".

"Tem lugar para você lá?"

"Tem, meu pai tem um sítio".

Calou-se um pouco.

"O problema é que ele não tem paciência com criança, fica nervoso".

Mais um curto silêncio. Começa a chorar.

"E eu vou chegar lá sem nada? Sem dinheiro nenhum? E minhas filhas vão comer o que? Como é que eu posso voltar de mão vazia?"

"Mas lá é um sítio, você não consegue plantar?"

Sorriso amargo, com a lágrima escorrendo. "Lá não nasce nada, filha. É seco, seco, seco".

***
"A gente pode te ajudar a voltar para o seu pai. Mas será que assim é melhor você voltar? Sem dinheiro, sem nada pra comer, seu pai não tem paciência com as crianças... Fica aqui".

"Fica aqui como, meu sonho acabou, derrubaram meu sonho".

"Mas que sonho ruinzinho esse, hein? Um barraco em um lugar daquele? Se é pra sonhar, sonho tem de ser melhor que isso".

"A gente tem de ter um objetivo na vida. Qual é o meu?" disse, entre lágrimas.

"Criar suas filhas. Elas estudarem, se formarem, terem outra vida".

"Ah, isso com certeza", afirmou com orgulho decidido.

"A gente vai atrás de um albergue familiar pra você. Você vai ver que diferença. Tem sempre uma parte mais chata que tem muita regra: depois das dez ninguém entra, tem hora pro café, hora pro almoço... Mas também tem teto que não goteja, tem comida, televisão, chuveiro quente, luz que não é gato... E na hora que você fechou a porta do quarto, ali dentro é seu".

"E não tem rato..." Suspirou. "Olha que pensando bem é até bom sair de lá. Era cada camundongo [e fez um gesto mostrando o tamanho de uma ratazana] que passava por cima da gente a noite toda, eu agarrava minha nenê assim pra eles não pegarem ela". E chorou de novo, de dó da filha. E a filha, gente, eu não tô exagerando, é uma das crianças mais encantadoras, mais radiosas que eu já vi.

"Aquilo não era jeito e ali não era lugar para viver. Você tem de acreditar".

***
Finalmente nos despedimos. As Conselheiras Tutelares (duas ficaram) ainda tinham feito café para todo mundo (famílias, funcionários da limpeza, do CAPE, assistente social) e foram arrumar suas coisas. A Assistente Social foi embora. A kombi levou as pessoas.

Ainda tem gente do Gabinete lá recolhendo pertences, acompanhando a saída das últimas pessoas (que ficaram tomando conta dos objetos e também vão precisar das kombis para irem embora). São dois assessores que passaram o dia lá, tentando filtrar as mentiras, tentando fazer as coisas transcorrerem sem agressões, sendo bem-sucedidos em algumas tentativas e fracassando em outras...

As baterias dos celulares começam a acabar. As baterias deles, imagino, também.

***
Acho que por hoje chega, né? A semana foi agitadinha. Fora tudo mais que eu não contei (só de hoje, ficaram de fora pelo menos sete assuntos, sem brincadeira). Fora o que eu só vou contar daqui a quarenta anos.

***
Chegaram meus três assessores - os dois que eu sabia que estavam lá mais o motorista. Em estado inacreditável. Acabados. Dois moram no extremo leste.

Um outro motorista também ficou lá o dia todo, com a maior disposição,e agora ainda está fazendo uma última viagem com algumas pessoas da favela até Pirituba. Sem reclamar.

Os assessores que vieram pra cá ainda querem passar na delegacia para ver se a ocorrência lá acabou (a turma que foi daqui pra lá não volta, não dá sinal de vida...)

Ô dia que não termina.

7 comentários:

  1. Eu achava que a Sub era só um pedacinho da Lapa. Agora sei que a Lapa é um pedacinho do mundo.

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  2. Hoje eu estava num barzinho com meus amigos perto do parque da água branca, a noite. Peguei o ônibus que percorre a Guaicurus toda, passei em frente a Sub e vi que algumas luzes ainda estavam ligadas... pensei "será que a Soninha ta ai ainda?". E não é que estava?
    Só tenho que lhe dar um MUITO obrigado por tudo. Bom saber que existem pessoas de bem lutando por quem precisa na cidade com o poder que tem. Pensei em muitas coisas pra falar, mas enfim. Parabéns! São Paulo realmente precisa de você! :)

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  4. É, dona Soninha... não sei nem comentar! rs
    Mas que uma máquina digital costuma ser estratégia pro meu trabalho com crianças, ah, costuma.
    E eu já disse: você pode contar comigo!
    Vou te escrever um e-mail, queria que chegasse até você. Acho que vai pra Ana, com cópia pra você. Algumas informações que de repente colaboram.
    Abraço!

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  5. Olá Soninha. Só de ler o que se passou, meu coração ficou descontrolado e meu corpo cansado. Que sufoco! Infelizmente, isso tudo é um pequeno pedaço do bolo que está espalhado em toda a Sub. Eu sinto tanto não poder fazer quase nada...faço o que posso ao meu derredor e acho tão pouco... Agora também fico mentalizando energias positivas para você e sua equipe. Há que se ter muita saúde, paciência e amor para seguir em frente.
    Para todos vocês sorte-sucesso-paz.

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  6. Machado, é por aí mesmo. A Lapa tem todos os problemas do mundo... como qualquer lugar com relativa extensão. O desafio da Sub é encontrar soluções e executá-las. Não é nada fácil, mas vontade não nos falta. E com ajuda da comunidade... é totalmente possível.

    Giovane, a gente estava lá sim. Mas tem muita coisa que a gente queria, mas MESMO, que fosse diferente, que fosse possível mudar na raiz, pra não ter que tomar essa medidas necessárias mas doídas demais. Obrigada!

    Eremildo, não sei se já dá pra comemorar, mas espero que em breve dê. Ter o domingo seria muito bom, mas no momento é muito complicado. Até pra sair andar de bicicleta, a Soninha sempre acaba cruzando com o trabalho de um jeito ou de outro. Às vezes também tem compromissos que não dá pra não ir, como a inauguração de um parque que seria hoje, mas foi adiado... Enfim, que ela precisa descansar não há dúvida, mas hoje, falo por mim: é impossível desligar e não estar pensando em como resolver algo. A gente até desligou um pouquinho assistindo um filme ontem, adivinha qual? Benjamin Button. O filme é fantástico, mas extremamente longo. Não demos conta de assistir até o fim.

    Nayara, recebi seu e-mail. Obrigada. Amanhã te respondo sobre a Rede Social, prometo.

    Maria do Carmo, muito obrigada! A energia positiva é indispensável. Ajuda sim, de verdade!

    Desculpem que além de não ser a Soninha que responde, nem sempre dá tempo de responder, mas a gente sempre lê.

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  7. Dada a minha larga experiência pessoal e profissional com a área, sou totalmente contra esse negócio de assistente social virar balcão de triagem do pobre, ainda mais no que diz respeito à areas do poder público não relacionadas diretamente com a pasta da Assistência Social, como o Trabalho ou a Moradia!
    "Mudam-se os tempos, as coisas permanecem as mesmas!" (José Ferrer, 1978)

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