E tem as "árvres"

Reproduzo, em versão resumida e sem identificação, emails trocados com um munícipe:

1-
“Primeiramente desejar à nova Subprefeita (Soninha) felicidades em sua gestão. Em segundo lugar solicitar que um especialista verifique os jacarandás-mimosos existentes na Praça Petrolândia, Vila Jaguara. Eles estão com mais de 60 anos. Poderão durar muitos anos mais se forem tratados agora. O desaparecimento deles, como já aconteceu com um, será muito sentido pela população. Atenciosamente...”.

2-
"Cara Subprefeita. Prim/. obrigado pela resposta a respeito dos jacarandás-mimosos da Praça Petrolândia. São 8:10 da noite de 30/1/2009. Um deles acaba de desabar. Nada mais poderá ser feito para recuperá-l. Já era! Foram mais de 60 anos dando sombra, flores roxas, purificando o ar, dando seus galhos para os jooes-de barro construírem suas casinhas, melhorando o visual... Para o local onde estava só uma solução boa existe agora: a plantação de uma nova muda de jacarandá-mimoso. Por favor, lute por isso. Estou aprendendo a enviar fotos por esta via. Pretendo enviar-lhe uma foto ao menos desse pedacinho de S. Paulo. É um dos raros pontos onde se pode tirar uma foto bonita por aqui. Atenciosamente, ...”

3-
“Agora fiquei surpreso com a rapidez da atenção e resposta. Mas, Soninha, aos 65 anos, com tudo que passei incluindo dois processos e dois períodos de prisões no tempo da ditadura,com tantas barreiras enfrentadas, preocupado desde os rumos do nosso país até a saúde de meu pai que aos 90 anos passa por um momento dos mais delicados. Enfim, tanta coisa. A gente fica chateado, um pouco triste, agora, nada de 'deprimentos' ou depressões. E digo isto a você abusando de minha idade em relação a sua. Tenho brincado no site que escrevo (...) com a expressão "Continuemos remando" nos comentarios que faço após ler os textos dos outros. Até porque as ruas estão virando rios. Toda felicidade para você. Obrigado pela atenção”.

4-
“Envio duas fotos do jacarandá morto. Ainda bem que ele tombou para o lado de dentro; poderiam estar passando pessoas por aquele caminho. Carentes de locais para brincar, a criançada vem se divertindo nele. Pensei até na hipótese de a parte mais grossa ser deslocada um pouco do ponto em que está e deixada para eles continuarem aproveitando. Abraços meus e de outros moradores da localidade”.





Pode parecer insignificante a queda de (mais!) uma árvore, diante dessas tragédias todas. Tem cabimento ficar se correspondendo com um único munícipe, quando há tantas coisas gigantes para despachar?

Bom, as outras coisas continuam sendo despachadas, e eu às vezes paro mesmo (ou não paro) para conversar com alguém...