Eu não sabia que o check in era até as 17:15. Jurava que o vôo saía lá pela meia-noite (ou seria "meianoite"?). Desde a véspera da viagem, portanto, precisei me preparar para uma tarde curta. Foi ótimo. Eu normalmente trabalho sem parar, mas os limites impostos por um “deadline” (“linha morta”?) me fazem ser muito mais eficiente. Resultado: consegui despachar um milhão de coisas antes de sair. Mas ainda falei com a Lyian umas oito vezes por telefone até o avião fechar a porta.
Consegui despachar um milhão de coisas antes de sair. Mas ainda falei com a Lyian umas oito vezes por telefone até o avião fechar a porta.
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Quando recebi o convite, em março, para participar do Urban Age, achei que era trote. “Deve ser vírus, não é possível”. Vesti minha camiseta “só acredito vendo” e esperei chegar a data (enquanto mandava todas as informações que eles solicitavam, por via das dúvidas. Se fosse vírus, eles iam no máximo roubar o endereço da minha casa).
O dia chegou, e aqui estou eu a caminho de Istambul.
[Mentira, já estou em Istambul, mas escrevi estas mal traçadas dias atrás]
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Engraçado que eu acompanhei um Urban Age em Berlin em 2006 (por coincidência, eu estava lá para outro evento, o concurso de blogs da Deutsche Welle do qual eu era jurada), mas não consegui ir a nenhuma das apresentações em São Paulo (2008). Um assessor meu foi e me contou tudo (claaaaro que não é a mesma coisa).
Ainda não expliquei o que é esse negócio? “A principal meta do Urban Age é formatar o pensamento e a prática de líderes urbanos e o desenvolvimento urbano sustentável. Criado por iniciativa do Programa das Cidades da London School of Economics and Political Science e pela Fundação Alfred Herrhausen do Deutsche Bank, a estrutura Urban Age se assenta em eventos internacionais multidisciplinares e em pesquisas que subsidiem a criação de uma nova agenda urbana para as cidades globais” (minha tradução ficou péssima, mas deixa assim.
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Na primeira noite do evento, entrega do “The Deustsche Bank Urban Age Award” para projetos que provocam mudanças na comunidade. Os ganhadores do prêmio no ano passado (que estão trabalhando na transformação de um dos muitos “treme-tremes” de São Paulo, conhecido como “o cortiço da Rua Sólon”) estão aqui. Eles não gostam de ouvir a palavra “cortiço”. Durante as falas da abertura, um deles, o Chico, ficou brincando de inventar outros nomes: Edifício Professora Maria Ruth (grande incentivadora e orientadora do projeto, que também está em Istambul); Edifício Urban Age ("Ia fazer um sucesso, não ia?").
No dia seguinte começaram as exposições. “Conectando o social ao físico nas cidades globais” (com Ricky Burdett, da London School of Economics); “Comparando atitudes na vida urbana“ (Ben Page, pesquisador da IPSOS MORI UK); “Repensando as cidades na economia global” – “Metrópoles americanas no pós-recessão” (Bruce Katz, diretor de Políticas Metropolitanas da Brookings Institution); “As transformações no contexto urbano na Turquia” (Joan Clos, Embaixador da Espanha na Turquia e ex-prefeito de Barcelona), e por aí foi.
Tenho milhões de coisas para escrever sobre isso tudo. Mas não agora (1:15 da manhã).
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No avião, vim conversando com um francês muito simpático. Ele achou divertidíssimo saber que a vizinha tinha disputado uma eleição para a prefeitura e trabalha em televisão comentando futebol. “So you’re kind of a star”, brincou.
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Foi sua primeira ida a São Paulo, da qual não esperava muita coisa (comparada com o Rio, que ele já conhecia) e (talvez por isso mesmo) gostou muito. Achou as pessoas muito simpáticas, gentis. A cidade organizada e prática (juro!). O centro, agradável e convidativo. Todo o tempo, se sentiu “seguro”.
O Rio, em comparação, lhe pareceu meio bagunçado. “Tomara que melhore agora com essa história da Olimpíada”. Nem lembrou da Copa do Mundo.
“I don’t know... We’ve had many great events (Eco 92, the Pope’s visits, the Panamerican Games) and it hasn’t REALLY changed”. (Eu não falo francês, que droga)
(Bem sei que a visita do Papa é fichinha comparada com os outros, mas lembro do trato superficial que as cidades sempre recebem. Se precursora de prefeito já é uma coisa, imagine a do Papa...)
(A primeira precursora que presenciei foi quando a Marta foi visitar a Julia no Itaci, em uma noite no meio da campanha para prefeita em 2004. A segurança subiu primeiro, inspecionou o elevador, os corredores... Parecia que ela estava chegando a uma cidade inimiga, não a um hospital de tratamento de câncer infantil. Claro que não foi ela que pediu isso, é só o procedimento padrão).
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Até outro dia eu não tinha me dado conta, mas já estive em dez países. Dez!
- Argentina (2 ou 3 idas a Buenos Aires e 1 a Bariloche)
- Estados Unidos (3 idas a Nova York e uma passagem rápida por Los Angeles, a caminho de...)
- Sydney (Olimpíadas 2000)
- África do Sul (Joanesburgo, uma pausa a caminho da...)
- Índia (Mumbai e Nova Delhi, paradas obrigatórias antes de chegar ao...)
- Nepal (cerimônia budista em 2003)
- Portugal (gravando um Mochilão MTV)
- Alemanha (ah, a Copa...)
- Itália (duas passagens relâmpago por Roma)
- Inglaterra (com a minha mãe, quando eu tinha 7 anos)
Agora posso acrescentar França (dois dias inteiros!) e Turquia (quase uma semana).
Uau.
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O francês do avião não se espantou quando eu disse que os brasileiros não imaginavam os franceses como sendo muito simpáticos e amigáveis. “We’re a little bit arrogant, you think? Well, yes, I think we are a little...”
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Outro francês puxou conversa. Ele tem negócios em São José dos Campos - fabrica mísseis Exocet.
Mísseis mesmo, não as calcinhas do Fausto Fawcett.
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No avião, assisti “Whatever works”, do Woody Allen. Não tinha absolutamente nenhuma expectativa (só depois lembrei que as avaliações em geral foram péssimas). Adorei.
Paris é tudo de bom. C vai curtir e se tiver um tempo livre, passe por Versalhes.
ResponderExcluirBom dia Sôninha!
ResponderExcluirSou o Andrey. Tudo bom?
Com que eu devo falar p/ trabalhar de assessor direto seu na campanha de 2010?
Possuo bom conhecimento de logística no transporte de pessoas, por exemplo. Isso te ajudará a se locomover melhor e + rapidamente por SP, eu sendo seu motorista por exmeplo, além de assessor. Com a minha destreza e meu fie´l GPS, somos pau p/ qq. obra...
Sou da área de TI tb. Posso ser útil p/ vc. e seus computadores/gadgets eletrônicos...
Enfim, é isso aí... Vamos ver se agora, dá jogo. Afinal, estou desde a última eleição tentando trabalhar com com vc. como assessor.
Agradeço e aguardo resposta.
Meu e-mail: suporte@astech.eti.br
Andrey
e ai....será que a subprefeitinha demo-tucana carguista e sem-caráter foi mostrar para os demais participantes "as grandes realizações" do governo do qual ela faz parte? aquele que gasta mais em publicidade e menos em limpeza pública, saúde e educação? o que a subprefeitinha primeiro mostrou para os participantes do congresso? o despejo de moradores de Capão Redondo ou a última enchente? a subprefeitinha será que mostrou fotos da "limpeza urbana exemplar" da cidade de S.P., como a da reportagem abaixo? santa cara de pau...
ResponderExcluir.
excesso de lixo em rua do Morumbi chama atenção
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http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4093511-EI8139,00-vc+reporter+excesso+de+lixo+em+rua+do+Morumbi+chama+atencao.html