Vou de táxi

Cada vez que eu venho trabalhar de táxi, chegou com uma história para contar. Incrível como é rica a experiência de poucos minutos conversando com um taxista, aqui ou em qualquer lugar do mundo...

O motorista de hoje me reconheceu na hora (às vezes eles só percebem que sou eu quando eu abro a boca - foi assim especialmente na época em que trabalhei na CBN e na Globo; muitas vezes não fazem ideia de quem eu sou). "Entra, Soninha, vamos para onde?".

Ligou o rádio. Pelos cabelos grisalhos, me surpreendi com o comentário: "Está na Kiss, que você gosta".

A Kiss é uma rádio FM que tem entre seus slogans: "Depois de um rock, sempre vem outro rock". E não está nem aí para lançamentos, o forte dela são os clássicos. De fato é uma rádio que eu gosto. Quando me perguntam o que estou ouvindo, a resposta mais comum é "o de sempre" - rock dos anos 60 e 70, principalmente.

Ele mostrou o adesivo de Led Zeppelin e uma tatuagem. E veio conversando sobre política. "E o Arruda, você viu? Diz que vai perdoar para ser perdoado". "É incrível a cara-de-pau. O pior é que pode dar certo". "Se depender dos deputados... Um ajuda o outro e fica tudo por isso mesmo". Comentei que uma pesquisa tinha mostrado que ele está com alta taxa de aprovação, e outra indicava que, sem ele na disputa, o Roriz venceria a eleição no primeiro turno. "Então o povo merece". Merece.