"...But when you talk about destruction/Don't you know that you can count me out"
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Como diria @oclebermachado...
Hoje me ligou Catia Seabra, jornalista da Folha de São Paulo. "Vocês estão preparando alguma coisa na internet para o debate amanhã?" Nós mandamos um email para os cadastrados no serra45.com.br pedindo que mandassem perguntas que gostariam que fossem feitas à Dilma. Fiquei muito surpresa com o retorno: até o começo da noite de hoje (quarta), tinham chegado quinhentas e tantas perguntas. Quando a Cátia ligou, acho que ainda eram 300. Muitas, previsivelmente, são muito parecidas. Sendo a base composta por pessoas que se cadastraram no site do Serra, o tom muitas vezes é provocativo: "A sra acha mesmo que está preparada/tem condições de ser presidente?". Também chegaram muitas perguntas falando sobre o Irã. "E o caos aéreo?", perguntou. Na olhada que eu dei, não vi. Mas eram páginas e páginas de perguntas, eu não vi nem metade delas, quase com certeza estariam ali. "E o Serra vai usar, você acha, essa pergunta?". A gente vai encaminhar todas para ele, organizadas por assunto para facilitar. É bem capaz que ele aproveite uma dessas que tratam de temas que ele já tem discutido o tempo todo, como os aeroportos ou a aproximação e apoio a notórios inimigos dos direitos humanos. Mas o debate é tão imprevisível... Dependendo da ordem do sorteio, pode ser que o Serra só consiga fazer uma pergunta à Dilma. Pode ser que a pergunta que ele planejava seja feita pela imprensa ou por outro candidato. É impossível saber hoje o que ele vai perguntar! "E como você acha que vai ser?". Todo mundo espera que seja agressivo, contundente. O primeiro encontro/confronto de Serra e Dilma ao vivo naTV! Mas hoje me ocorreu que talvez seja surpreendentemente pacífico, cordial. Vai saber! Aconteceu no primeiro debate à prefeitura. Eu achei bastante civilizado - todo mundo achou morno, chato, um saco. (Inclusive a Catia). O povo quer ver sangue! Acho que vai depender do primeiro passo. Do tom da primeira pergunta, a primeira resposta. Comparei a uma luta de judô - antes do primeiro golpe, os adversários ficam se estudando... Eles terão muito cuidado antes de atacar, pelo risco de despertar a ofensividade no outro. Ou não. rs E também pode ser que transcorra na maior paz e na hora da despedida, quando já não dá pra reagir, venha uma porrada. Antes de desligar, insisti na comparação do debate com um jogo, um desafio esportivo. "Não é um debate MESMO. É super engessado, contido. Você não tem liberdade para discutir para valer. Pode acontecer até de dois candidatos - a Marina e o Plinio - ficarem perguntando e respondendo entre si sobre o Serra ou a Dilma e eles simplesmente não podem entrar na conversa. É um revezamento, cada um tem sua vez. Eu preferia que fosse mais solto". Quero só ver o que vai sair na Folha amanhã :P (Ah, sim, quanto ao @oclebermachado... Esse é um perfil fake no Twitter, que tira um sarro do Cleber como se ele só dissesse coisas óbvias ou absolutamente inúteis, tipo "o time que ganhar a final da Copa do Brasil será campeão". E eu me senti assim durante a conversa: "Pode ser que ele use, mas pode ser que não use". "O debate pode ser agressivo, mas também pode ser pacífico". Afe).
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