Fiz uma proposta ao PAB, Programa do Artesanato Brasileiro, sediado no MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior): que seja formado um grupo interministerial com o intuito de formular, na forma de Projeto de Lei, uma proposta do que seria realmente um PROGRAMA do Artesanato Brasileiro, com diretrizes, metas, indicadores, políticas, ações etc., para ser submetido a consulta pública e à tramitação no Congresso.
Hoje, o PAB é uma saleta com 3 ou 4 pobres servidores, um orçamento magrinho de tudo (o da Sutaco, que não é grande coisa, é maior) e algumas ações desconjuntadas, desconectadas umas das outras: uma capacitação que às vezes acontece; algumas feiras decididas de última hora; a composição de um Sistema de Cadastramento do Artesanato Brasileiro de cuja utilidade eu duvido bastante (é um diacho de um formulário enorme para ser preenchido em cada coordenação estadual, com a pretensão de ser um "mapeamento do artesanato brasileiro" e subsidiar inclusive as reivindicações "por mais recursos orçamentários junto ao Ministério do Planejamento". Preencher o formulário é um porre, e no fim das contas ele é a catalogação de artesãos "formalizados", que tem carteirinha, e não um mapeamento do artesanato. Enfim...).
A representante do PAB na reunião (que aconteceu sexta-feira em Belo Horizonte), que sempre justifica a precariedade do "Programa" invocando... a precariedade do programa ("somos poucos, o recurso orçamentário é limitado e foi duramente contingenciado, como tudo mais no governo federal"), concordou e apoiou a sugestão. Pediu para que eu a apresentasse por escrito.
Comecei a redigi-la e cheguei ao ponto em que sugiro quais Ministérios deveriam estar representados nesse Grupo de Trabalho. Depois de fazer uma lista óbvia de cabeça (o próprio MDIC, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Secretaria Nacional de Economia Solidária, o Ministério da Cultura etc), quis pesquisar um pouco mais e passei pelo site do Ministério da Agricultura (afinal, muito do que a gente faz em artesanato é na zona rural, com restos de produção agrícola aproveitados como matéria-prima). Descobri que existe uma Câmara Técnica de Fibras Naturais - uma das principais tipologias de artesanato! - e quis entender melhor se a gente poderia se beneficiar do conhecimento e experiências deles.
O site bem que oferece a Ata da reunião da Câmara, uma boa maneira de entender melhor quem são e do que tem tratado os membros da Cãmara. Cliquei no link e... abriu a Pauta, não a Ata. #saco.
Aí fui reclamar, claro. Entrei no Fale Conosco, preenchi o formulário todo, pedi resposta por email (não por carta ou fax, as outras únicas alternativas). Não consegui enviar o formulário, que mandava uma mensagem de #fail: "por favor, cadastre um email válido". Tentei com um email diferente, conferi que estava preenchido direitinho e... nada.
Fui atrás da Ouvidoria, agora com DUAS reclamações - a falta da Ata e o formulário com defeito. Descobri que tem atendimento via chat, oba! Entrei, preenchi o quadro com minhas duas questões e logo tinha uma pessoa me atendendo - nem acreditei.
Massss... O diálogo foi totalmente improdutivo. Reproduzo:
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Cheguei a ligar para o 0800 e dizer "quero ler a Ata da reunião, que parece estar no site mas na verdade não está. Com quem eu posso falar?". O rapaz me deu o telefone "do Superintendente". Eu: "Superintendente do que?". "Superintendente... Ah, da Superintendência "geral"". E passou um número de PABX com DDD 11 - "a senhora liga e pede para passar para o responsável".
#FUÉ.
Por email, recebi dois informes: "Solicitação recebida" (assim que pedi para ser atendia no chat) e "Solicitação encerrada". Ainda bem que eles fazem uma pesquisa de satisfação no final, porque assim pude reclamar.
Vamos ver se me respondem ALGUMA COISA :o/
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