Eu não tenho uma daquelas casas que fedem, em que cômodos foram ocupados do chão ao teto com coisas recolhidas e guardadas, mas tenho MAIS DO QUE EU GOSTARIA. Jornais, anotações, revistas.
Chega de blogar sobre isso. De escrever na Vida Simples.
Preciso chegar em um grupo de pessoas solidárias e dizer “eu sou a Sonia, eu guardo”.
***
Enquanto isso, vamos transformar guardados em arquivos .doc . Assim eu consigo me livrar deles. É uma estratégia contra a síndrome de abstinência, como um chiclete de nicotina. Que seja.
Enquanto isso, vamos transformar guardados em arquivos .doc . Assim eu consigo me livrar deles. É uma estratégia contra a síndrome de abstinência, como um chiclete de nicotina. Que seja.
“A adesão ao tabaco é facilitada por duas características dos adolescentes: eles subestimam a dependência e se iludem achando que podem parar de fumar quando quiserem”.
(Parece comigo quando me apaixono :o( )
(Parece comigo quando me apaixono :o( )
Nada mais equivocado. Um estudo da Universidade de Massachussets com 332 fumantes americanos de 12 e 13 anos, divulgado há poucos dias, mostra que as meninas ficam viciadas em apenas três semanas, contra um período de seis meses dos meninos.
Em quanto tempo a nicotina pode viciar um adolescente?
Se ele fumar de um a cinco cigarros por dia, durante um período de um a três meses, a chance de ficar viciado é superior a 90%. Depois de algumas drogas injetáveis, como a heroína, a nicotina é a que vicia mais rapidamente.
Maconha faz menos mal que cigarro?
Esta é uma questão de difícil resposta, uma vez que cannabis e tabaco são drogas de perfis distintos. A prevalência do consumo de tabaco entre os adolescentes é cerca de seis vezes maior do que a frequência do uso de maconha (Cebrid - Unifesp), mas enquanto a grande maioria dos usuários de tabaco se torna dependente, com a maconha a dependência não chega a 10%.
Sobre os danos causados à saúde, o consumo de tabaco está associado a uma série de doenças, grande parte deles graves e incapacitantes, frequentemente associadas ao aumento das taxas de mortalidade. Não existem evidências de que o uso de maconha venha a acarretar tais consequências.
Muito provavelmente isso pode ser explicado pelos diferentes padrões de consumo geralmente observados: no caso do tabaco, a maioria fuma muitos cigarros, diariamente e durante vários anos. Já a maioria dos usuários de cannabis consome um número significativamente limitado de cigarros de maconha, de forma ocasional e por um período de tempo menor.
A história do uso também tem pouco em comum: o consumo de maconha é geralmente esporádico, recreacional e dura alguns anos, depois é espontaneamente abandonado, sem necessidade de tratamento especializado para largar. (...)
Se ele fumar de um a cinco cigarros por dia, durante um período de um a três meses, a chance de ficar viciado é superior a 90%. Depois de algumas drogas injetáveis, como a heroína, a nicotina é a que vicia mais rapidamente.
Maconha faz menos mal que cigarro?
Esta é uma questão de difícil resposta, uma vez que cannabis e tabaco são drogas de perfis distintos. A prevalência do consumo de tabaco entre os adolescentes é cerca de seis vezes maior do que a frequência do uso de maconha (Cebrid - Unifesp), mas enquanto a grande maioria dos usuários de tabaco se torna dependente, com a maconha a dependência não chega a 10%.
Sobre os danos causados à saúde, o consumo de tabaco está associado a uma série de doenças, grande parte deles graves e incapacitantes, frequentemente associadas ao aumento das taxas de mortalidade. Não existem evidências de que o uso de maconha venha a acarretar tais consequências.
Muito provavelmente isso pode ser explicado pelos diferentes padrões de consumo geralmente observados: no caso do tabaco, a maioria fuma muitos cigarros, diariamente e durante vários anos. Já a maioria dos usuários de cannabis consome um número significativamente limitado de cigarros de maconha, de forma ocasional e por um período de tempo menor.
A história do uso também tem pouco em comum: o consumo de maconha é geralmente esporádico, recreacional e dura alguns anos, depois é espontaneamente abandonado, sem necessidade de tratamento especializado para largar. (...)
Há uma série de medidas que podem ser ensinadas aos usuários de maconha para que minimizem os riscos de se tornarem dependentes ou sofrerem consequências danosas. Já em relação ao tabaco, essas medidas são muito restritas, por ser uma droga raramente utilizada de forma ocasional. (...)
A noção amplamente difundida de que a maconha seria uma porta de entrada para outras dependências não tem comprovação científica. (...)
Ainda que o uso da cannabis mereça intervenções cuidadosas, no âmbito de prevenção ou tratamento, em termos de ações de saúde pública, a intervenção junto ao uso de tabaco ainda é prioritária.
Dartiu Xavier de Oliveira é diretor do PROAD (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) e professor afiliado do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Revista da Folha, 15 de setembro, 2002
O problema é "quando" a maconha é usada, em que fase da vida. Várias pesquisas tem demonstrado a forte ligação entre o uso de maconha na adolescência e o surgimento de psicoses na idade adulta, um problema que acompanhará a pessoa para o resto da vida...
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