Sobre robôs e apoios falsos: ser contratado para falar bem de um
candidato, mesmo sem acreditar nisso, é mais velho que andar pra frente.
Na MTV, essa discussão (acaloradíssima!) na "padaria" Real (é
lanchonete, mas a gente pra sempre vai chamar de padaria) inspirou o
primeiro de todos os Barracos MTV, que teve o tema "Topa tudo por
dinheiro"?
Quando chegava o período eleitoral, vários profissionais se licenciavam ou até mesmo pediam demissão porque iam trabalhar em campanha. Valia a pena, porque campanha pagava MUITO bem. Em três meses, o salário de um ano ou mais. Aí a gente questionava: "Meu, você vai trabalhar na campanha DO MALUF???".
Alguns diziam "é um trabalho como qualquer outro"; "se eu não aceitar, outro vai fazer"; "eu sou só o editor de imagem". Outros juravam que não aceitariam função nenhuma por dinheiro nenhum do mundo.
Artistas famosos ou não decoraram textos dizendo o quanto tal candidato seria bom para o país, ou deram depoimentos "espontâneos" falando "fulano fez muito por mim". E tem gente que faz isso na rua, na Associação de Bairro - basta contratar que vão pedir voto para um candidato, ou praticamente mandar as pessoas votar nele porque "está nos ajudando".
No Face e no Tuíter, é a mesma coisa x 1.000. A pessoa finge que é uma professora, comerciante, agricultora, empresária, designer. E defende, com toda sinceridade fake, o candidato ou partido que a contratou.
Como resolver essa praga? Dá pra dificultar a marcha do exército de gente que não existe? Em termos de legislação, poderia ser mais explícita a obrigação de informar "aqui tem dinheiro de campanha". Colocar um asterisco no perfil, sei lá, sob pena de tomar uma multa colossal caso se constate que o autor das postagens está sob contrato de alguma campanha.
Acontece que é muito fácil driblar... Ocultar a origem dos recursos... Alguém contrata uma empresa que contra outra que contrata frilas para dizer "Lula Livre", "Bolsomito é o cara" etc. e tal.
O único jeito das pessoas não acreditarem em qualquer coisa que leem é enfatizar, por todos os meios, que devem "desconfiar" sempre, isto é, não se deixar levar pela opinião de alguém, por mais legal que a pessoa lhe pareça (ou mais "sério" o meio de comunicação), e sim buscar muitas e mui variadas fontes de informação antes de jurar que é verdade e sair propagando.
Leia sempre, assista sempre, escute sempre o noticiário, debates, postagens etc com um "será? quem disse? é isso mesmo que diz a lei/ o candidato/ o ministro?" na cabeça.
Quando chegava o período eleitoral, vários profissionais se licenciavam ou até mesmo pediam demissão porque iam trabalhar em campanha. Valia a pena, porque campanha pagava MUITO bem. Em três meses, o salário de um ano ou mais. Aí a gente questionava: "Meu, você vai trabalhar na campanha DO MALUF???".
Alguns diziam "é um trabalho como qualquer outro"; "se eu não aceitar, outro vai fazer"; "eu sou só o editor de imagem". Outros juravam que não aceitariam função nenhuma por dinheiro nenhum do mundo.
Artistas famosos ou não decoraram textos dizendo o quanto tal candidato seria bom para o país, ou deram depoimentos "espontâneos" falando "fulano fez muito por mim". E tem gente que faz isso na rua, na Associação de Bairro - basta contratar que vão pedir voto para um candidato, ou praticamente mandar as pessoas votar nele porque "está nos ajudando".
No Face e no Tuíter, é a mesma coisa x 1.000. A pessoa finge que é uma professora, comerciante, agricultora, empresária, designer. E defende, com toda sinceridade fake, o candidato ou partido que a contratou.
Como resolver essa praga? Dá pra dificultar a marcha do exército de gente que não existe? Em termos de legislação, poderia ser mais explícita a obrigação de informar "aqui tem dinheiro de campanha". Colocar um asterisco no perfil, sei lá, sob pena de tomar uma multa colossal caso se constate que o autor das postagens está sob contrato de alguma campanha.
Acontece que é muito fácil driblar... Ocultar a origem dos recursos... Alguém contrata uma empresa que contra outra que contrata frilas para dizer "Lula Livre", "Bolsomito é o cara" etc. e tal.
O único jeito das pessoas não acreditarem em qualquer coisa que leem é enfatizar, por todos os meios, que devem "desconfiar" sempre, isto é, não se deixar levar pela opinião de alguém, por mais legal que a pessoa lhe pareça (ou mais "sério" o meio de comunicação), e sim buscar muitas e mui variadas fontes de informação antes de jurar que é verdade e sair propagando.
Leia sempre, assista sempre, escute sempre o noticiário, debates, postagens etc com um "será? quem disse? é isso mesmo que diz a lei/ o candidato/ o ministro?" na cabeça.
**Post original no Facebook em 27 de ago de 2018 11:57
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