Chá-de-cadeira
A notícia amanhã poderia ser: “Em seu primeiro dia oficialmente como Subprefeita, Soninha toma canseira nas salas de espera na sede do Executivo”. Tomei – mas não teve nada demais. E, apesar dela, avancei em muitas coisas hoje.
O que aconteceu foi que eu marquei uma reunião com um assessor do prefeito para tirar dúvidas sobre cargos congelados, por exemplo – isto é, funções que existem na estrutura administrativa da Subprefeitura mas estão vagos e não podem ser preenchidos sem autorização do prefeito.
Quem pensa que tudo no setor público é “trem da alegria” tá muito louco. Existem muitas situações em que falta gente pro trabalho – quando se quer trabalhar de verdade, óbvio. A Sub da Lapa, por exemplo, tem uma população que, segundo me disseram (não conferi) só é menor que a de quatro municípios do estado – Guarulhos, Campinas, Santos e Ribeirão Preto.
Enfim, mandei um email, a resposta foi “passa aqui à tarde”, eu tinha várias coisas para resolver no centro e fui até lá sem combinar exatamente a hora. Da primeira vez, esperei um tempo, vi que ia demorar e fui para outro compromisso. Da segunda, nem cheguei a esperar muito, mas tinha gente me esperando na Subrefeitura (repórter do Diário do Comércio) e precisei desistir. Sem problemas. Não foi traumático como os 60 minutos que o Gabeira esperou para conseguir falar com o Zé Dirceu, hehehe (no famoso episódio que antecedeu sua saída do partido).
Chá-preto
(ou qualquer outra bebida estimulante)
Na primeira reunião da tarde, na Coordenadoria de Comunicação, descobri o que posso e não posso fazer na página da Sub no site oficial da prefeitura. Não posso mudar o layout da página inicial; posso incrementar o menu do lado esquerdo e estender o conteúdo. Não posso colocar links para blogs (como o do Tendal da Lapa, desenvolvido pelo pessoal que trabalha lá). Preciso que n dois funcionários da Sub façam um curso rápido para aprender a usar as ferramentas de atualização. “Quando posso marcar?” Amanhã, 15:30. Nem acredito.
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A segunda reunião era na EMURB, para “nivelar”, como eles disseram, as informações sobre Operações Urbanas entre os muitos órgãos da prefeitura envolvidos com elas. Cada um conhece e domina uma parte, e chega uma hora – benvinda! – em que é preciso deixar todo mundo no mesmo pé.
Como eu acabei de chegar, o convite para a reunião foi de última hora, mas um engenheiro da Subprefeitura, bom conhecedor do Plano Diretor, pôde ir. Junto com ele, um ex-assessor meu do gabinete da Câmara, que também acompanhava o tema de perto e compartilhava comigo estudos e reflexões sobre Estatuto das Cidades etc. Enfim, uma pessoa muito competente, em quem eu confio totalmente e adoraria ter comigo na Subprefeitura, mas não tenho um lugar para ela... (Para quem conhece: é o Helio Wicher Neto, eminente cicloativista, famoso peladão naquela Bicicletada, mas deixa essa parte pra lá). (Atenção: esta é uma piada interna, mas não resisti).
O engenheiro e o Helio viram a apresentação e vão me passar as informações depois – corri para a Emurb quando vi que ia “embaçar” na prefeitura, mas cheguei minutos depois da reunião ter terminado. De todo modo, receberemos um CD com os dados, há um site sobre o assunto (ainda não vasculhei – é este aqui)e os técnicos da empresa vão fazer um mini-seminário para os nossos técnicos lá na Subprefeitura.
Chá de quebra-pedra
(ou qualquer outro diurético)
Aproveitei a ocasião para tirar algumas dúvidas.
1) Placas de identificação de ruas – antes, a competência era dividida entre a Secretaria de Habitação e a EMURB. Boa notícia: está passando tudo para a EMURB, que tem muito mais agilidade para o serviço. Não suporto rua sem placa.
2) Mobiliário Urbano – os pontos de ônibus da Sub precisam, como quase todos na cidade, de reformas. Cobertura, assentos, placas informativas. Há tempos ouço dizer que “a prefeitura está vendo isso”. De fato, a EMURB está elaborando estudos, vendo a melhor maneira de conduzir as reformas e, traduzindo o gerúndio em números, a conclusão desses estudos está entre as prioridades para o primeiro trimestre de 2009.
3) Banheiros públicos – tem algum estudo para aumentar a oferta deles? Dado que a necessidade de mictórios para homens é maior do que a de banheiros para mulheres (que sabem se comportar melhor e não ficam à vontade para mijar no primeiro poste que aparecer), por que não estudar os equipamentos usados em algumas cidades da Europa? Ainda vamos precisar de banheiros “completos”, mas talvez não tenhamos mais que lavar a Praça da Sé dez vezes por dia (esse é o número real, não é uma hipérbole). Parece que um dia já fizeram um estudo dessa possibilidade; vão atrás disso.
Que nem mato
Descobri que a população da Lapa deve estar subestimada. Hoje percebi que todo mundo mora lá. Passei por uma infinidade pessoas que disseram: “Você é a minha Sub!”.
Um brinde
Nesse entra-e-sai de repartições, passei por uma TV ligada na cerimônia de posse do Obama, no momento em que tocava o hino dos Estados Unidos. Sem me dar conta, na hora, de o quanto essa era uma sensação rara, fiquei comovida com ele, como se fosse a coisa mais natural. “Puxa, queria muito estar assistindo isso”, comentei com o assessor que me acompanhava. Agora estou em casa zapeando atrás de tudo sobre o novo presidente – matéria no Jornal Nacional, documentário na GNT. Não vou comprar uma bandeirinha dos EUA, mas é muito legal ver o significado completamente diferente que ela adquiriu nas últimas semanas.
Saideira
Quase me programei para ir, amanhã de manhã, para um compromisso que tenho na quinta-feira. Jurava que a semana já tinha começado há mais tempo.
*Essa é a nossa garota-dínamo*, sempre diligente!!!
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