Durante a Conferência Regional de Meio Ambiente, ontem (domingo), vim algumas vezes para minha sala, aproveitando momentos em que a minha presença na Conferência não era tão necessária.
Nossa, como é bom trabalhar quando está tudo quieto. Rendeu muito mais.
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Alguns candidatos assinaram uma carta dirigida à população, protestando quanto à exigência de que os eleitores assinassem a lista de presença até no máximo 11 horas, (a tempo de assistir ao menos a apresentação dos candidatos), por considerarem isso uma ameaça ao "livre exercício do voto".
Li a carta e fiz meus comentários - o exercício do voto, nesse caso, não era "livre", mas sim condicionado: os eleitores precisavam ter se inscrito antecipadamente na Conferência; precisam morar ou trabalhar na região da Sub-Lapa. Um eleitor que aparecesse dizendo "sou cidadão, quero votar" só poderia fazê-lo se cumprisse no mínimo essas exigências.
Também protestei quanto à afirmação de que os protestos que nos foram dirigidos na sexta-feira haviam sido "completamente ignorados". Apenas não chegamos a um ponto de concordância, mas houve intensa e atenciosa troca de emails.
E assinalei que a proposta inicial da carta era perfeitamente cabível: se a plenária da Conferência opinasse pela retirada daquele item do Regimento, assim seria. E assim foi.
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Antes da plenária, o Promotor do Meio Ambiente, morador da região, avisou que se a maioria não opinasse pela retirada da exigência da presença até as 11:00, ele entraria com mandado de segurança no dia seguinte pedindo a impugnação da eleição.
Ponderei se deveria informar os presentes disso, mas achei melhor não. Não queria que eles se sentissem coagidos a tomar uma posição por medo da impugnação do processo.
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Ao fim da eleição, recebemos um protesto por email do mesmo munícipe que reclamou a semana toda do fato de haver uma candidata "funcionária pública" (na verdade, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, uma S/A ligada ao governo do estado), de ela ser representante de uma "ONG sem registro", etc. Esclarecemos todos os seus questionamentos, mas ele não se conformou com o processo e o resultado da eleição.
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Democracia dá um trabalho...
Democracia? :)
ResponderExcluiro maior preocupaçao realmente nao e com o meio ambiente!mas sim o status que a maioria dos participantes podera ter nesse conselho ne?
ResponderExcluirAs pessoas ainda estão aprendendo a fazer conferências, não é?
ResponderExcluirQuem já está mais sabidinho com o evento sabe que a primeira coisa que se faz é a aprovação do Regimento Interno da Conferência, pelos presentes, certo?
Mas tem sempre aquela "cumunidadi" que A-D-O-R-A tumultuar e aparecer, de alguma maneira.
Não preciso nem perguntar se houve alguma proposição por parte dessa tchurma. Porque não houve.
Como bem disse a Vera, o que importa pra essa gente é qual título vai existir abaixo do seu nome. Triste.
E tem aqueles "ativistas" de plantão.
Manda e-mails todo em CAIXA ALTA, como se gritando seus ideais e conjecturas e indignações, mas não se engane: é tudo falácia.
Chama ele pra ação (eu ia dizer pro pau, mas achei pouco feminino) que ele desaparece por meses.
O munícipe gosta muito de apontar, alguns fotografam, outros escrevem em letras garrafais, põe na manchete da primeira página, mas propor soluções, ah, Soninha, francamente, isso não é a "obrigação" do poder público?
O poder público não tem que fazer tudo e sozinho e rápido e perfeito e de maneira proativa, antecipando as necessidades dessa "pobre cumunidadi"???
Espero que você entende a ironia do destino. E vá levando. Que a gente vai dourando essa pílula. ;o)