quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Algumas reclamações

1) Contra cachorros de um homem que vive na rua:

"Fiz uma reclamação há aproximadamente 5 meses junto à Prefeitura, Centro de Zoonoses e todos os órgãos que julgaram me apontar e até o presente momento não obtive qualquer resposta. A situação que apontei continua igual. Vou tentar pela última vez como cidadão, denunciar. Alô Soninha...... Está estacionada há 6 meses um cidadão (morador de rua) e seus 7 ou 8 cães, no entroncamento entre a Rua Cotoxó e a Rua Padre Chico, na esquina da Escola Estadual Zuleika de Barros. Os cães ficam sozinhos e presos " a correntes" durante todo o dia que o cidadão está vagando pelas rus do bairro. Latem incessantemente, talvez por sede ou fome. Essa situação já passou dos limites sem que os órgãos públicos tomem qualquer providências. Enfrentei uma burocracia de um dia inteiro, para denunciar tal irregularidade, sendo jogada de um telefone a outro, de um órgão a outro e até hoje NENHUMA PROVIDENCIA. É aviltante a desídia dos órgãos incumbidos do assunto. O descaso para com os cidadãos.....para com os animais, para com a cidade é UMA VERGONHA !!!!!!!!! Convido a SRa. Soninha para percorrer as ruas do meu bairro, qualquer dia, para apontar todas as irregularidades, sujeiras, invasão dos espaços públicos, etc..etc.... Não parece que temos Prefeitura, muito menos Subprefeituras.....nesta cidade caótica.
Solicito ao menos um aviso de recebimento, se não for pedir muito...."


Respondi:

Prezada .....,

Lamento pelo transtorno que vc está passando. Infelizmente, esse problema – ou qualquer um relacionado à população em situação de rua – é um dos mais complicados de resolver. Não se pode obrigar uma pessoa a sair da rua; o que a lei permite é recolher seus pertences e tentar persuadi-la a procurar um abrigo. Quando os “pertences” são animas de estimação, fica ainda mais complicado. Mas não podemos mesmo deixar os animais sofrendo ou incomodando as pessoas à sua volta. Vou me informar sobre o procedimento correto – creio que compete mesmo à Zoonoses, que pertence a outro órgão e não à Subprefeitura – levar os animais.
(E esse é um dos lugares da Subprefeitura por onde eu passo mais vezes... Moro na Apinajés. Duro mesmo é dar conta do que fica mais distante – Leopoldina, Jaguaré, Jaguará, Anastácio, Anglo, Ipojuca, Remédios, Piauí... – e também faz parte desta Sub!)

Abs,


2) Contra uma festa na rua:

"São 22h22 e desde manhã estamos com som alto em nossos ouvidos devido a uma festa promovida pela própria prefeitura com presença da Soninha. E o apresentador está neste momento gritando e anunciando que ainda há duas bandas para tocar, que existe a lei do Psiu, mas que existem tantas leis ...
Sinto-me extremamente desrespeitada. Trabalho a semana toda e tenho bebê em casa e sou obrigada a ficar ouvindo este som altíssimo dentro da minha própria casa.
Liguei no 190 e nada podem fazer. No disque denúncia fiquei ouvindo musiquinha.
É muita falta de respeito com o trabalhador paulistano. Fico indignada.
Espero receber uma resposta e sugiro que esta festa que se repete pelo 4 ano seja realizada em um local e horário mais apropriado".


Respondi:

Desculpe pelo incômodo. De fato, a festa promovida pelo Clube Escola Jaguaré, com apoio da Subprefeitura e de dezenas de entidades da região, não pode desrespeitar lei alguma. Ela deveria ter terminado às dez da noite.
É uma pena que o evento, que ao mesmo tempo permite o encontro das pessoas ao ar livre, em espaço público, para se confraternizarem e divertirem, acabe causando transtorno na vizinhança. Vamos conversar com os organizadores para que evitem um período tão prolongado de som alto nas próximas edições. Mas peço a sua compreensão e tolerância quanto ao evento em si; afinal, são só dois dias por ano (que parecem durar uma eternidade quando estamos incomodados, eu sei) e para a comunidade ele é muito, muito importante.
Desculpe mais uma vez.


Recebi resposta:

"Prezada Soninha
Muito obrigada por responder meu email.
Respeito o objetivo do evento, mas como você mesma mencionou apesar de serem apenas dois dias, são dois dias de descanso de quem trabalhou a semana toda. O som para mim que moro no 14º é extremamente alto. Parece que o palco está montado dentro da minha casa!
No sábado a festa foi até quase 23:30! No domingo a festa foi até aproximadamente 22:30 e depois ainda tivemos que suportar a desmontagem que não é nem um pouco silenciosa, já que a estrutura de ferro para o palco é bem pesada. Detalhe que também fomos acordados às 6:30 do sábado com a montagem.
Acho que a sugestão de diminuição do tempo de som deve ser considerada e a lei do PSIU respeitada, mas o ideal seria a realização do evento num parque ou numa região que não fosse residencial.
Abraços",


Tudo tão difícil, né? Encurtar o horário do show é o de menos, mas as montagens e desmontagens são sempre barulhentas mesmo (vide feira livre, outro problema). E a graça dessas festas é que sejam na rua, em lugar que normalmente é de passagem dos carros mas vira "das pessoas".

Se eu pudesse, ofereceria um fim-de-semana calmo para os moradores da vizinhança, longe dali. Já pensou? Além de albergues, abrigos, unidades de saúde etc., teríamos pousadas para caso de "emergências de barulho" :o).

3) Por falar em barulho e emergências...

Prezada Sr. Subprefeita Soninha Francine,

Durante 03 noites a subprefeitura autorizou a realização de obras de tubulação de gás na Rua Aimberé (esquina com Herculano) causando grande transtorno para os moradores do local devido ao barulho entre 22h00 e 05h00. Esta rua é tranquila e as obras poderiam ter sido feitas perfeitamente durante o dia, não atrapalhando as noites de sono dos moradores vizinhos.
Essas obras não eram de emergência, mas sim atendiam a um grande empreendimento imobiliário que está sendo construído na rua Herculano (esquina com Aimberé).
Estou indignada com a falta de responsabilidade desta subprefeitura e não entendo quais as prioridades quando uma autorização como esta é concedida.
Apesar das noites perdidas de sono, não encontrei nenhuma instância a quem recorrer e que pudesse resolver o problema. A polícia não atua porque existe um alvará, a CET não resolve problemas de barulho, a prefeitura encaminha as ligações para a subprefeitura e a subprefeitura foi quem deu o Alvará (e das 22h00 às 05h00 não funciona obviamente).
Enfim, gostaria imensamente de receber alguma explicação razoável sobre esse alvará. O que justifica infringir a lei do silêncio? A construção de um grande empreendimento imobiliário, é isso mesmo? Obras que poderiam perfeitamente ser realizadas durante o dia? Qual a justificativa?
Aguardo ao menos um retorno,
Sem mais,


Respondi...

Vc tem razão. Se a autorização foi concedida para esse horário – 22:00 às 5:00 – está ERRADO, do meu ponto de vista, porque realmente a Aimberê, especialmente em período de férias, é sossegada o suficiente para receber obras (tão barulhentas) durante o dia.
Mas está equivocada ao dizer que elas atendem ao interesse “de um empreendimento imobiliário” – por razões de segurança, não são mais permitidos, por lei, botijões de gás em edifícios. Assim, novas ligações de gás são necessárias para seus futuros (ou antigos) moradores e para a cidade como um todo... Se o empreendimento está mal localizado, é uma questão sobre a qual a Congás não tem responsabilidade, ela tem de garantir o serviço (e na minha opinião a verticalização da Vila Pompeia segue um padrão equivocado, mas esse é outro problema).
Vou descobrir por que a obra está sendo realizada nesse horário e se é possível modificá-lo.
PS: Eu moro na Apinajés e já arranquei os cabelos de madrugada e TAMBÉM não tinha a quem recorrer entre meia-noite e cinco da manhã. Quase desci pessoalmente para falar com os operários – e o teria feito de tivesse alguma convicção de que iria adiantar alguma coisa.
Abs,


Veio resposta:

"Oi Soninha,
agradeço sua atenção. Ontem de madrugada, os funcionários me informaram que era o último dia da realização das obras. Eles também estavam tensos porque no sábado houve uma confusão com moradores da rua, inclusive me disseram que um funcionário havia sido agredido por um morador, o que considero muito triste, afinal não são eles os responsveis, estão apenas cumprindo com seu trabalho.
Mas seria interessante que esse tipo de situação não se repetisse.
Atenciosamente",


Coitados dos funcionários. Trabalham de madrugada com britadeira (uma delícia...) e ainda apanham.

Um comentário:

  1. Olá,
    Dna. Soninha, a sra. chegou a olhar o video que comentei alguns posts atras?

    não conheço a realidade do dia a dia, e fiquei curioso sobre a sua opinião.

    a ideia da internet alterar os padrões de relacionamentos institucionais é uma possibilidade?

    lendo seu blog, fico as vezes pensando que sim.

    até que ponto a transparência pode ajudar ou complicar eu não sei.

    mas serviços colaborativos online me parecem encaixar com algumas necessidades de comunicação.

    não sei como a sra. tem paciencia para alimentar o blog a respeito de status de processos, com transcrições de recebimento/envio de mails, uma vez que hoje existem ferramentas para todo o acompanhamento de processo, inclusive com a possibilidade de se agrupar todas as comunicações relevantes deste mesmo processo.

    criando-se um "knowledge base" de perguntas recorrentes (que podem até mesmo ser mantidas pela propria comunidade)

    estou curioso! =o)
    ps:caso deseje procurar no google o link, busque "usnow dotsub". (é mais facil do que eu escrever o link)

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