sábado, 8 de agosto de 2009

Confeitarias, bugigangas, lâmpadas e Termos de Uso



Vim ao Rio para o Congresso Nacional do PPS. Almocei na Confeitaria Colombo, coisa mais linda. Parece um milagre que (ainda) haja um lugar como esse, mas quando penso que na verdade havia várias confeitarias assim, não entendo por que foi que deixaram de existir... Pessoas continuam saindo, se encontrando com amigos, comendo e bebendo.
São Paulo tinha as suas na Rua Direita, 24 de maio Barão de Itapetininga... Como será que chegaram ao fim?

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A comida não tem nada de mais, mas a “paisagem” realmente vale a pena. E eles, inteligentemente, vendem lembranças do lugar – cardápio, ímã de geladeira, marcador de livros, chocolate. Quase comprei um de cada. Posso passar meses sem comprar roupas, sapatos etc., mas dificilmente resisto a uma bugiganga. Para apaziguar minha consciência culpada pelo consumismo, compro miudezas para dar de presente. E digo a mim mesma que estou ajudando a fazer o dinheiro circular, recompensando um trabalho bem feito, contribuindo para manter postos de trabalho etc.
Mas comprar um carro novo para ajudar a economia, isso já é demais para mim.

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Ao longo da praia de Copacabana, onde os apartamentos são bem devassados (que vista!), vi mais ou menos um milhão de lâmpadas acesas à toa. Lustres com oito bulbos, criando uma claridade completamente desnecessária. Luminárias em profusão. Cômodos vazios e terraços com portas cerradas -- quem está dentro do apartamento nem sabe que há uma luz acesa.
Como desperdiçamos energia... Vejo água correndo, quilômetros de linhas de alta tensão, áreas alagadas, árvores derrubadas... Se as lâmpadas fizessem barulho, lembraríamos mais facilmente de apagá-las. Ou se lembrássemos do enorme dispêndio de recursos que permite clarear a noite com um clique.

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Sabe aqueles “Termos de Uso” que você é obrigado a assinar para fazer um download ou usar uma conexão sem fio? Eu – como todo mundo, posso apostar – costumo dizer “Aceito as condições”, mesmo sem ler. É sempre aquele blábláblá do tipo “você não pode compartilhar este programa com ninguém, mesmo que haja uma arma apontada para sua cabeça ou sua vida dependa disso de uma forma ou de outra” e “não nos responsabilizamos pelas bobagens que você venha a ler ou dizer enquanto está usando este programa”. Mas desta vez resolvi ler – e confirmei que ninguém lê mesmo essa bagaça. Porque depois do item 5, que dizia que “Embora tomemos medidas razoáveis para segurança da impressora, como é uma impressora compartilhada não podemos garantir que outros não irão ver um documento que você imprima”, há a seguinte observação:
-> Dário, gentileza verificar se deixamos este item ou não
Segurança

:oD
(Ou seja, nem o Dário leu a bagaça).

10 comentários:

  1. Soninha! adoro seu blog, estou sempre visitando.. Concordo com vc, nao sei como essas confeitarias se acabam, acho maravilhoso apreciar a paisagem! e gostaria muito de ter ido no congresso do PPS, mas nao sabia se era aberta ao publico e nem me programei pra isso. fica pra proxima entao..
    parabens pelo seu trabalho

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  2. aaaaaaaaahahahahahaha essa do Dário foi muito boa!! Me lembrou um certo DOM. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  3. Finalmente!!!! Depois do primeiro trecho ninguém poderá me condenar por criar paixões imaginárias. Louco mesmo é quem não caiu como eu: inteiramente apaixonado e defitivamente decido a ir embora. Feliz, ir embora feliz por se entregar a uma loucura adorável!!! Adeus, minha amada imortal. Eu te amo.

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  4. Olá a todos,

    Há algum tempo, uma empresa deu um prêmio a uma pessoa que realmente leu o EULA (End User Licence Agreement, ou Termos de Uso).

    http://yro.slashdot.org/article.pl?sid=05/02/23/2315211

    Atenciosamente,

    Flavio

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  5. O Dário deve ser cunhado do Mário. (pisc) ;)

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  6. Olá sou sua fã! Recifense, aqui em SP faz dois anos! Porem sempre acompanhei sua carreira. Hj trb. Na Revista Viração. E fico feliz por esse mundo virtual fazer as pessoas se sentir um pouco mais proximas..acompanho vc no twitter e agora nesse espaço!sucesso na sua caminhada...Estamos Juntas nessa luta!
    Elis Lua
    http://dykerama.uol.com.br/src/?mI=7&cID=71

    http://www.revistaviracao.org.br/

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  7. não tem mais pora aí? porque o preço lá dentro é fora da realidade do Brasileiro.

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  8. Mas cheenna, tem tanta coisa com preço fora da realidade e funcionando a todo vapor... Além de que, o sanduíche lá não é mais caro que um "N.4" no Mc Donald's.

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  9. Incrível, Flavio, será verdade? (Pode bem ser).
    Na faculdade de cinema, tinha um aluno que em todos os seus trabalhos escrevia, lá pela lauda 20, "o professor que ler até aqui ganha uma caixa de cerveja". Nunca apareceu um para cobrar.

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