(Pensei que já tinha publicado esse post, que tem umas duas ou três semanas. Por alguma razão misteriosa, ficou no rascunho)
Quinta-feira, 12:00. Saí de carro de manhã, passei o dia todo sobre quatro rodas, um saco. Não tenho mais moto, tinha várias coisas para fazer em muitos lugares diferentes e, o pior, duas sacolas pesadas para carregar, uma com notebook. Enfim, sucumbi aos encantos teóricos do automóvel – teóricos porque, na prática, é um inferno andar de carro em São Paulo.
Fui da Vila Pompéia para o Paraíso (perto do Sesc Vila Mariana), de lá para o Centro Cultural Vergueiro, de lá para os Jardins. Achei uma vaga na Zona Azul a uns dois quarteirões de distância do lugar onde tinha uma reunião, mas não tinha cartão. Logo se aproximou um senhor para vender: “R$5,00”. “Não, obrigada, quero pagar preço oficial”. “Pelo preço oficial, só se você comprar um talão inteiro”.
Não me interessei (nem tinha dinheiro para um talão inteiro) e fui até a banca de jornal da esquina. “Tem Zona Azul?”. “R$4,00” – e me estendeu uma folhinha com o preço impresso. “Mas o certo é R$3,00”, reclamei. “Aqui é R$4,00”, respondeu a mulher, de queixo erguido. “Não tá certo, tem de vender pelo preço oficial”.
“Reclama”, encerrou, fazendo careta arrogante.
***
Liguei 156. Primeira pergunta: “Onde tem um posto de venda oficial da Zona Azul aqui perto?”. A moça pediu “um momento” e me deixou uns 3 minutos ouvindo musiquinha. (“Mas ela nem perguntou onde eu estou? Será que identificou minha chamada por GPS?”, delirei. Ou está transferindo a minha ligação para o departamento correto?”). Ela voltou: “Senhora, os postos de venda oficiais são bancas de jornal e farmácias. Infelizmente, não temos uma lista para informar qual é o mais próximo da senhora”. “Tá bom. Então como eu faço para denunciar uma banca que está vendendo acima do preço oficial?” “Mais um momento”. Dessa vez a musiquinha foi mais rápida. “Senhora, é uma denúncia, não é?”. “É uma denúncia”. “Então, senhora, a denúncia é só com a polícia. A senhora precisa ligar 190”.
Não liguei. Mas ainda vou falar com a Sub de Pinheiros (já devia ter falado, aliás).
Esse 156 é bastante inútil, na verdade, Soninha. Já liguei pra lá pra reclamar de uma rádio que botou um carro de som a todo volume aqui na minha rua na hora do almoço (o que é proibido pela lei municipal contra poluição sonora, certo?) e eles não souberam me dizer sequer a quem me dirigir para formalizar reclamação. "Ligue pra polícia", disseram - sendo que a polícia é estadual.
ResponderExcluirZona Azul, o jeito é ficar esperando passar o marronzinho e comprar, mas isso infelizmente pode demorar
ResponderExcluirSe o problema fosse só Zona azul estaria de bom tamanho.
ResponderExcluirMeu problema é com a sua subprefeitura.Vocês me colocaram os blocos no meu comércio, mas não ha meio de tirá-los. Estamos com a documentação em ordem,já fomos vistoriados pelos seus engenheiros,já assinaram o alvara e, como é que pode ser que só vão retirar só no mes de fevereiro.
A senhora vai pagar nossas contas e funcionários enquanto isso?
Abra o olho Dona Soninha, h´pa algo de errado nessa subprefeitura.
Será que meu marido também vai ser assassinado pelos fiscais? Meus filhos também estarão correndo riscos?
Somos comereciantes no bairro a mais de 25 anos. Nunca tivemos tantos problemas com a prefeitura como agora.
Acho que tem gente mandando mais que a Senhora aí dentro.
Quer me visitar e ver o que está acontecendo, ligue para mim - 26672589. O meu endereçoo comercial é Rua Nanuque 611, na Vila leopoldina. e moro na Rua Arauto 149.
Não me escondo e nem mordo.
Venha tomar um café na minha casa que eu lhe contarei tudo que se passa no bairro, até na Escola Dilermando, pois tenho filhos que estudam lá.
A senhora vera que nem tudo é como dizem para a senhora.
Meu nome é Simone Maria Fernades de Camargo