Tem gente decepcionada com o nível dos jogos da Copa. Como é
de 4 em 4 anos, é fácil esquecer... Copa do Mundo é isso aí. Futebol bom, mas bom mesmo,
é mais fácil ver na Champions League, a Copa dos Campeões da Europa,
com muitos times de alto nível, os melhores
jogadores de todos os países e uma disputa mais alongada. As diferenças
fundamentais são duas: o fato de serem mesmo TIMES, entrosados, evoluídos, que
realmente podem (tanto quanto o dinheiro permite) buscar as melhores opções
para cada uma das posições e setores do campo. E o fato de ser mais longa... A
brevidade da Copa do Mundo leva os times a serem mais cuidadosos – até demais.
(Ontem li um post muito interessante – sobre o medo de
perder até mesmo por parte de quem não tem nada a perder, como Argélia, Eslovênia e outras zebras. É o texto "Humano, demasiado humano", do blog In The Jungle)
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Até aqui, gostei da Argentina e também da Nigéria, de EUA X Inglaterra, da Alemanha e do Chile. Gostei de ver que a Coréia do Sul continua firme (simpatizei muito com eles em 2002). Não me empolguei com Portugal ou Costa do Marfim.
Até aqui, gostei da Argentina e também da Nigéria, de EUA X Inglaterra, da Alemanha e do Chile. Gostei de ver que a Coréia do Sul continua firme (simpatizei muito com eles em 2002). Não me empolguei com Portugal ou Costa do Marfim.
Tem gente que ainda se surpreende com os EUA – como se eles
já não fossem uma seleção competitiva, amadurecida (vide a Copa das
Confederações, em que eliminaram a ótima seleção espanhola e deram um calor no
Brasil na final).
Outros se espantaram com o futebol leve da Alemanha, mas em
2006 eles jogaram exatamente assim – velozes, envolventes. Mas todos nós temos
um piloto automático que reproduz velhas idéias sobre tudo, como a do “futebol
alemão mecanizado”. Joachim Low, o técnico atual, era auxiliar do Klinsmann – e
todo mundo sabia o quanto ele era importante ali na comissão técnica. Pode até
ser que a Alemanha jogue mal de agora em diante, mas a estréia foi condizente
com sua última participação – aliás, na estréia em 2006 eles foram ótimos e
golearam a Costa Rica.
(Ah, sim, é quem diga que a Alemanha teve a vida facilitada
porque “a Austrália era muito fraca”. Peraê, tá cheio de time “muito fraco” mas
ninguém mais goleou. Eles fizeram o jogo ficar fácil e gostoso. Time fraco tem
uma capacidade incrível de tornar tudo muito chato e difícil).
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Tem gente que se decepcionou com o Brasil. Esperavam uma goleada contra a fraquíssima seleção da Coreia do Norte.
Tem gente que se decepcionou com o Brasil. Esperavam uma goleada contra a fraquíssima seleção da Coreia do Norte.
Eu não...
Estreia em Copa pode ser bem complicado – tem muito nervosismo,
expectativa, pressão. E o Dunga, com sua estratégia de clausura, “nós contra
todos”, acabou, creio eu, deixando todo mundo mais nervoso ainda. O clima de
camaradagem virou estresse – vide o comportamento de alguns jogadores nos
amistosos e treinos (e o desempenho do Luis Fabiano na estréia; embora ele
insista “estou tranqüilo”, é evidente que não está. A sisudez nas entrevistas
já sugeria isso).
E time fraco é um saco. Era óbvio que a Coreia se fecharia
loucamente, apostando em contra-ataques com seu astro solitário. Aliás, eu
achei até que, por distração e avaliação equivocada da nossa defesa, a Coreia
marcaria primeiro... (Meu palpite para o jogo era 3 X 1). Marcou depois, mas a
causa foi basicamente a mesma.
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Como eu não tinha a expectativa de goleada, também não achei o jogo tão ruim quanto a maioria.
Como eu não tinha a expectativa de goleada, também não achei o jogo tão ruim quanto a maioria.
Gostei das trocas de passes entre Robinho e Elano desde o
começo do jogo; Maicon “entrou” depois, no início estava meio preso. Kaká
pelejou, mas não foi bem. Luis Fabiano estava irriquieto, inseguro – ficou em impedimento
várias vezes (incluindo algumas em que nem chegou a receber a bola, por isso
mesmo).
Michel Bastos também foi melhorando durante o jogo. Felipe
Melo e Gilberto Silva não comprometeram – o primeiro, aliás, lançou Elano o
lance do gol do Maicon. Lúcio é meio afoito nas subidas ao ataque, mas confesso
que gostei – esse é o tipo de partida em que o “elemento surpresa” pode ser
muito útil. (O Mauro Cézar, da ESPN, só acha que ele sobe tanto que deixa de
ser surpresa...). Juan foi muito bem. Julio Cesar não teve quase trabalho nenhum.
Quando o bloqueio é difícil de romper e a troca de passes
não está funcionado, a jogada individual pode fazer diferença – a finta, o
drible, um toque diferenciado, imprevisto. Por isso eu queria a entrada do
Daniel Alves. Trajano e PVC queriam a saída do Elano; eu sugeri Felipe Melo
porque achei que podíamos tranquilamente abrir mão de um jogador de marcação – e até recuar um pouco o Elano,
mas podendo contar com seu bom passe e visão de jogo pela direita, enquanto
Daniel podia cair tanto pela direita quanto pela esquerda.
Não cheguei a pensar nele no lugar do Kaká, mas bem que
podia. E depois Nilmar entrou bem demais no jogo. Ramires não chegou a fazer diferença.
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Elano é um daqueles caras escolhidos... para ser zoado. É um jogador muito técnico, inteligente, competente, dedicado, polivalente capaz até de alguns brilhos (pergunte aos argentinos). Naquele time do Santos que revelou Robinho e Diego, tinha um papel super importante. Mas virou símbolo da mediocridade, da falta de ambição. Sacanagem. Acho que se jogasse em outra seleção, reconheceríamos facilmente o quanto ele é bom.
Elano é um daqueles caras escolhidos... para ser zoado. É um jogador muito técnico, inteligente, competente, dedicado, polivalente capaz até de alguns brilhos (pergunte aos argentinos). Naquele time do Santos que revelou Robinho e Diego, tinha um papel super importante. Mas virou símbolo da mediocridade, da falta de ambição. Sacanagem. Acho que se jogasse em outra seleção, reconheceríamos facilmente o quanto ele é bom.
“Ele errou muitos passes!”, disseram alguns. Quando a gente
não gosta de um cara, enxerga todos os erros e despreza os acertos... Daniel
Alves errou um passe longo bisonho, e daí? Ninguém deixa de gostar dele por
isso. Se fosse o Elano...
Elano acertou muito, e com criatividade (acertar passe de
lado é fácil). Fez a enfiada para o gol do Maicon e concluiu muito bem a jogada
com Robinho. O que mais querem dele? De novo, se jogasse no Real Madri,
valorizariam mais sua participação.
Sempre há cismas, implicâncias, preconceitos. Meu
queridíssimo Alex, camisa 10, foi muito vítima disso. Galvão Bueno era líder da
torcida adversária... O Zinho ficou com a fama de enceradeira – mesmo que
precisasse segurar a bola porque não tinha um cristo desmarcado para quem ele
pudesse passar Em 2006, o símbolo da mediocridade e falta de ambição etc. era o
Zé Roberto! Escalado como volante, ele realmente parecia ocupar uma vaga que
podia ser mais bem aproveitada por um jogador de criação. Ninguém lembrava que
o Zé era talentoso, driblador, criativo, só estava mal escalado. E na Copa ele acabou sendo justamente o que
mais nos agradou.
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Prossegue discussão eterna sobre futebol bonito X futebol de
resultados (pois se é eterna...). Quase sempre, uma bobagem.
Futebol pode ser bonito de várias maneiras – com jogo
envolvente, cheio de fintas e dribles e muita movimentação e liberdade; com
esquema super organizado, baseado em defesa firme e contra-ataque. Um drible de
entortar é tão legal quanto uma troca rápida de passes, uma antecipação ou um
desarme.
E futebol pode ser feio... Tenho discutido com um gaúcho (que
faz muita questão de afirmar sua posição de “nós do sul contra vocês do centro”...)
que parece não admitir isso - que exista algo chamado “futebol feio”;
eficiência parece ser para ele algo que absolve qualquer time, qualquer jogo. “Feio
é perder”.
Não concordo, acho que um time pode vencer e ser feio, chato
de ver jogar. E a gente não precisa escolher a chatice como caminho para a vitória...
Até porque uma não garante a outra. A gente pode jogar de um modo absolutamente
sem graça e perder, e aí não sobra nada. Então eu prefiro um jogo gostoso de
ver, com marcação forte e com ousadia, criatividade, talento individual –
podemos perder jogando assim, mas ao menos teremos tido prazer com a partida em
si. A alegria no final nunca é garantida; fiquemos com a alegria enquanto
caminhamos.
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E a Espanha?
E a Espanha?
A Espanha não jogou feio nem bonito, jogou mal. Nervosa, ineficaz. Pode melhorar muito.
Querida Soninha, não nos deixe sós. Não nos deixe com o Tuma, que quer a reeleição; não nos deixe com o Quércia, que dispensa comentários; não nos deixe com o Netinho e a Marta, jactância pouca é bobagem;
ResponderExcluirDois terços do Senado Federal poderão ser renovados. Precisamos de renovAÇÂO, precisamos de você lá! Aprendi muito sobre o funcionamento da Câmara de Vereadores, graças ao seu mandato transparente.
Num ano em que o Presidente da FIESP vira socialista; o Aldo Rebelo, do PCdoB, abraça os ruralistas; o PT nos faz engulir o MICHEL TEMER. Que TEMERidade! Fora o apoio a Roseana, lá no Maranhão. Já a escolha do vice do PSDB, hora é Dornelles (o tal dos tempos verbais e outras podridões mais), hora é Kátia Abreu -- nova amiga de Aldo.
Eu sei que essas escolhas envolvem um milhão de interesses e são escolhas complexas e dificílimas.
Soninha: Quércia, Tuma, Netinho, Marta, Chalita, ai não, né!!! SÔNIA FRANCINE, PARA O SENADO, JÁ!
" Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar." Trecho de poema de António Machado
Agita esse PPS aí!