Desaceleração do crédito no País é positiva, diz Moody's - 2/5/2011 - 11h25
Os primeiros sinais de uma desaceleração do crédito no Brasil são um sinal positivo para o sistema financeiro doméstico, afirmou a agência de classificação de risco Moody's Investors Service, em relatório distribuído hoje, 2. Na última quinta-feira (28), o Banco Central (BC) divulgou um relatório de política monetária que "conteve os primeiros sinais de uma desejável desaceleração do crescimento do crédito ao consumo", segundo a Moody's.
"A evidência, embora ainda inicial, é positiva para o crédito do sistema, porque indica que as medidas macroprudenciais introduzidas em dezembro para conter a expansão do crédito estão produzindo os resultados pretendidos", disse.
As carteiras de empréstimos dos maiores bancos do Brasil vêm crescendo cerca de 20% por ano, o que gerou especulações de que poderiam estar sob risco de uma bolha de crédito. O BC tem afirmado que um crescimento de 10% a 15% seria mais desejável e reduziria as pressões inflacionárias. Embora em termos absolutos o BC mostre que o crédito continua crescendo, "o ritmo do crescimento está menor (...) sugerindo que as taxas de juros mais altas e as condições de financiamento mais restritivas estão afetando a demanda por empréstimos", afirmou a Moody's.
A desaceleração é mais pronunciada no segmento de consumo, mas também houve queda forte nos empréstimos para compra de carros, segundo a agência. Isso é "uma estatística importante dado que os empréstimos para compra de carros são responsáveis por cerca de um quarto de todo o crédito ao consumo no Brasil", disse a Moody's.
Comentário meu deixado no site do jornal:
Sonia Francine
2/5/2011 17:47:56
Não tenho nenhum apreço especial pelas agências de classificação de risco (o que só piorou depois de ver o premiado "Internal Job", documentário sobre os antecedentes da crise econômica de 2009), mas estou de acordo com a análise da Moody's: o crédito ao CONSUMO, os empréstimos p compra de carro em "900" meses, foram apostas irresponsáveis e demagógicas do governo anterior - desestimulou-se a poupança, incentivou-se o consumo impulsivo e sem lastro, ao mesmo tempo em que o setor produtivo sofria com o câmbio, juros e impostos.
Curioso é que a "austera" presidente foi colaboradora entusiasmada do governo Lula, de quem teria recebido uma "herança bendita". E não vejo um mísero jornalista questioná-la diretamente sobre a incoerência.
Acho que não faltam exemplos recentes pelo mundo para que aprendamos que esse tipo de crédito só é bom para o "donos" deste dinheiro fácil. Boa notícia!!
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