"...But when you talk about destruction/Don't you know that you can count me out"
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Eu voto distrital
O Imil - Instituto Millenium - apoia o debate sobre a mudança do sistema eleitoral e realiza em São Paulo o 7o Colóquio Colóquio do Instituto Millenium: “Voto Distrital ou Voto Proporcional?”, no dia 13 de setembro, na Fecomercio.
O prefeito de Canoas, na Grande Porto Alegre (RS), Jairo Jorge (PT), é um dos convidados do colóquio. Ele apoia o voto distrital, apesar de o seu partido ainda não ter “formalizado o debate do assunto".
Seguem trechos de sua entrevista ao portal do Instituto.
Instituto Millenium: Quais são as principais vantagens do voto distrital em relação ao sistema que temos hoje?
(...) Penso que o sistema eleitoral vigente aprofunda a crise de legitimidade, de representatividade, o ceticismo e o desencanto das pessoas com a política. Na minha opinião, o voto distrital estabelece um território e uma identidade maior do representante com o representado – um vínculo que é essencial, pois o território é um elemento basilar de identidade das pessoas – e pode inclusive recuperar a política, reencantar as pessoas e estabelecer uma cobrança maior das pessoas, que podem passar a exigir mais transparência, gerando maior controle social. Eu defendo o voto distrital, pois entendo que ele é um instrumento efetivo para reencantar as pessoas e aproximar o representante do representado.
Instituto Millenium: Como o voto distrital pode ajudar ao controle da corrupção?
Jorge: (...) O sistema que temos hoje (...) pode agudizar este desencanto e esse distanciamento, o que leva a uma ausência de fiscalização e controle, permitindo com isso que se amplie a corrupção e práticas negativas. Porque quanto mais vínculo tivermos entre o eleitor e aquele que exerce o mandato – até porque a política não é uma profissão, é uma função pública – quanto maior a proximidade maior o controle e dessa forma teremos mecanismos efetivos de enfrentamento à corrupção.
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Sô, eu concordo que o sistema proporcional de hoje é um absurdo, mas não gosto do voto distrital. Seja pelo personalismo, seja pelo individualismo. Eu sou favoravel mesmo ao voto em lista e ao fortalecimento dos partidos. Incluindo a criação de mecanismos que dificultem ainda mais a criação de partidos, preceitos mínimos de funcionamento de partidos e a criação de regras que dificultem a manutenção de partidos de fachada.
ResponderExcluirBeijão
Victor:
ResponderExcluirPor isso eu gosto da proposta do PPS: ter voto majoritário distrital, com a possibilidade de candidaturas avulsas, isto é, não conectadas a partidos políticos - reconhecendo que existem outras formas de organização social que não os partidos políticos; que muitas lideranças militam na sociedade sem terem, por alguma razão, feito parte de uma legenda. E ter também o voto em lista fechada, em que o eleitor escolhe mesmo um partido e sua proposta, não uma pessoa. Acho que devemos reconhecer que tanto o voto em pessoa quanto o voto em legenda tem sua legimitidade... E oferecer ao eleitor a possibildiade desses dois votos. Sobre mais dificuldade para criar partidos... Não deveria ser o contrário? Digo - para criar um partido, basta que algumas pessoas se reúnam em torno de um estatuto e pronto. Liberdade total de associação. Aliás, se tiver "um partido para cada um", não precisaria haver legendas de aluguel rsrs. Aí quem tem competência se estabelece - se conseguir receber muitos votos na sua lista, pronto... Se não, um abraço :o). E com a possibilidade de a candidatura avulsa - outra razão para NÃO haver legenda de aluguel. bjs!