quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Já fui e já voltei

Do lado de fora, a tranquilidade prometida. Do lado de cá, manhãs de terror no Playcenter. Caos doméstico. As pessoas que normalmente me ajudam a cuidar da casa e de quatro gatos e um cachorro estão de folga. Então toca dar remédio pra um, comida e água pra todos, passear com o cachorro. Limpar a areia, trocar os jornais. Lavar a louça (ou os gatos se refestelam com o leite no fundo do copo).

Até aí, fora o erro de cálculo, normal. Chato mesmo foi a hora de tirar a bicicleta do lugar onde a Helena, com toda a boa vontade, a colocou. Apertada entre a máquina de lavar, a parede e o armário de um jeito que só arrastando a máquina para conseguir extrai-la do nicho. (Máquina de lavar tem hífen?).

A máquina de lavar, talvez o leitor não saiba, é conectada ao tanque e ao ralo por mangueiras curtas, então sua mobilidade é bem reduzida. Mesmo quando consegui manobrá-la de modo a liberar o pedal que estava enganchado nela (¨%$#@), precisei fazer força para arrancar a bicicleta. E depois manobrá-la no espaço que resta entre o minhocário, a caixa de areia, o varal, baldes e bacias.

Claaaro que o pneu estava murcho. A Caloi 10 é a bicicleta que eu menos uso - foi bacana ganhar uma edição comemorativa de aniversário (da bici, não meu), mas é um veículo ultrapassado, claro. Por exemplo: para mudar a marcha, é preciso tirar a mão do guidão (ou ter dedos comprido como Listz). E tem aquela posição de corrida, tem cano ("bicicleta de homem")... Rodas super finas e rígidas (no paralelepípedo é uma delícia). Mas eu não quis ir de Dahon (a dobrável aro 20) e a Houston super confortável que vinha de presente no VLib foi surrupiada do meu jardim. Que o novo dono faça bom uso dela (#momentobudista. A gente não deseja o mal pra ninguém, NINGUÉM).

A saída do passeio para "inauguração" da ciclorrota estava marcada para 8:30 no Pelezão. Como saí atrasada, quis dar um gás para alcançar o pessoal no caminho - #estúpida. Se ao menos estivesse em uma bicicleta melhor (ou ao menos ajustada - nem todas as marchas entravam), se estivesse menos calor, se eu estivesse mais em forma, beleza. Mas no meu modelo 4.4 (safra de 67), não dá pra brincar com o ritmo. Corri na ida... Quase morri na volta.

Descontando minha forma física (de pudim), a rota precisa de aperfeiçoamentos. Um, básico: recapeamento. O asfalto é cheio de irregularidades - se você pensa que buracos e saliências são ruins para o seu carro, vc não viu nada.

Outra coisa boa é sinalização horizontal e vertical indicando as conversões. As bicicletinhas estão lá no asfalto, mas é preciso ficar (muito) atento para descobrir a hora de virar à esquerda ou direita. Marcas no chão ajudariam e placas também. (Vou procurar minhas fotos de Berlim e depois eu posto pra ver como pode ser).

Que mais, dexover...  "Bike boxes" também cairiam bem - áreas preferenciais nos semáforos, à frente dos carros, para que as bicicletas consigam sair primeiro e ganhar um pouco de terreno. Ah, e placas indicando também para onde a rota leva e quanto falta para chegar - em km e em minutos estimados.

E pronto, acho que é isso. Precisa melhorar, desde o projeto até a execução - "primeira vez" tem dessas. Mas algumas correções só ficam aparentes mesmo com o uso, e ao menos saiu do papel e foi pro asfalto :)



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