quarta-feira, 13 de junho de 2012

As decisões de hj não tem nenhum impacto sobre o futuro

NOT!!!!!!

Mas esse é o teor das declarações da Ministra do MEIO AMBIENTE :o(

Fiquei passada. Quero esmiuçar com mais calma, mas também não quero deixar passar muito tempo.

Pra quem não leu... Peguei aqui.  Fiz uns grifos (amarelos) e uns comentários (itálico).


Ministra critica "miopia ambiental" no País e defende incentivo ao consumo
O Estado de S. Paulo - 12/06/2012 - Luciana Nunes Leal/Rio
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, criticou ontem as discussões sobre indicadores socioambientais que não levam em conta questões de governança e gestão, ao defender as medidas do governo para estimular o consumo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros. "Tem limite para a miopia ambiental", disse Izabella a uma plateia formada principalmente por ambientalistas.

Segundo ela, as medidas de estímulo ao consumo não são incompatíveis com o debate da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que começa amanhã, no Rio, e reunirá mais de cem chefes de Estado.

"Temos de debater como gente grande. Está na hora de debatermos as unidades de conservação, a regularização fundiária, o acesso à informação com conhecimento técnico e científico. [Ah, tá. Política urbana, mobilidade, matriz energética, meios de locomoção não tem NADA a ver com meio ambiente, né?] Vamos acabar com o achismo ambiental", disse a ministra durante o seminário Brasil Sustentável - O Caminho para Todos. Izabella repetiu a expressão que usa com frequência para designar as teses radicais de defesa do meio ambiente que não consideram aspectos de governo, administrativos, econômicos e políticos.

Sobre as medidas para estimular que a população consuma, a ministra afirmou, em entrevista, que "medidas de curto prazo não podem ser confundidas com a discussão de médio e longo prazo da Rio+20, em que será feito um debate para os próximos 20 anos sobre o futuro do planeta sem falar em crise, em guerra". [Isto é: na crise e na guerra... Vale tudo! Que se dane o ambiente e o futuro!]

Izabella justificou: "A questão do IPI é para solução de crise de curtíssimo prazo, temos empregos, a indústria que está em jogo". Para a ministra, essas medidas emergenciais não impedirão um esforço dos países para "pactuar um novo padrão de consumo, já que é insustentável repetir os modelos atuais".

Apesar de elogiar a disposição da ministra em "abrir diálogo com a sociedade", Adriana Ramos, [como se ela fizesse um favor em "abrir diálogo"... Mais ainda porque quer falar mas  não escutar!!] secretária executiva adjunta da ONG Instituto Socioambiental, criticou a redução do IPI dos veículos. "É uma medida de curto prazo, sim, mas que se repete com uma frequência assustadora", disse. "A indústria automobilística nunca reduz custos. Em vez disso, pressiona o governo para obter a redução de impostos. Ao ceder, o governo demonstra um descompasso com as metas ambientais." [Não é só isso!! Não é só uma questão de quanto custa, ou da frequencia com que a medida é tomada, mas POR QUE, PRA QUE, com QUE CONSEQUENCIAS!]

Há dois meses, a presidente Dilma Rousseff também foi enfática ao advertir ambientalistas de que o governo não mudaria seu projeto de aumento da oferta de energia e de desenvolvimento, ao defender a construção de hidrelétricas na Amazônia. "Pessoas contrárias (às hidrelétricas) vivem num estado de fantasia", disse ela em maio, durante reunião com os integrantes do Fórum do Clima. [Como se as pessoas fossem contrárias à oferta de energia, ao desenvolvimento, às hidrelétricas de um modo geral... Somos contra projetos IMBECIS, CAROS, DESTRUTIVOS, NEBULOSOS como Belo Monte].

A posição do governo vai na contramão do que o Brasil precisa fazer para atingir as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa - é justamente o crescimento do consumo de gasolina que deverá fazer o governo rever esses números. [E não só isso!! Ainda que não existisse aquecimento global, como alguns defendem - e a poluição do ar, o barulho, o custo de produção do automóvel (aço, borracha), o petróleo, a destruição das cidades em função dessa praga?]

Outras discussões. Izabella defendeu que após a Rio+20 o País se volte para seus próprios problemas e discuta, por exemplo, o uso dos recursos de fundos de meio ambiente e o papel das instituições. Ela criticou o fato de o Serviço Florestal Brasileiro estar voltado só para florestas da Amazônia. "É um equívoco."

A ministra atenuou a ausência na Rio+20 de importantes chefes de Estado, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primiê britânico David Cameron. "A presença dos líderes é importante, mas veja que os Estados Unidos (que foram representados na Rio 92 pelo então presidente George Bush) até hoje não ratificaram a conversão da biodiversidade. Os países mandarão pessoas de alto nível, com poder de decisão. Entendemos o momento que os países estão vivendo, a crise." COLABORARAM HELOISA ARUTH STURM E FABIO GRELLET

[Pois é, foi a Dilma lá pra Copenhagen cometer ato falho de dizer que "O meio ambiente é um entrave para o desenvolvimento". #Táexplicado (sempre esteve)] 

3 comentários:

  1. "A questão do IPI é para solução de crise de curtíssimo prazo, temos empregos, a indústria que está em jogo" - Quando não estará?

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  2. Olá, Soninha! Eu ainda não tinha lido seu Blog. Vi seu comentário no Implicante sobre a aliança do PT com Maluf. Percebi que sua verve se mantém, assim como a capacidade de indignação. Gosto disso em pessoas públicas e louvo sua coerência. Saiba que tem em mim um eleitor. Grande abraço, Michel

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  3. Tb sou um fã do seu trabalho.
    Parabéns pelo trabalho.

    Bem que podia ganhar mais notoriedade. Política rara de se ver!

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