Hoje eu devia ter zerado o hodômetro. Que foram mais de 100km, tenho certeza. Pompeia - Pqe do Carmo; de lá para o Bom Retiro; dali para Vila Ema. Uma passada no Brooklin para encerrar o dia e pronto, Pompeia #otravez.
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Eu VI no Twitter que ia ter van grátis do metrô Itaquera para o Parque do Carmo, exatamente por causa do Festival das Cerejeiras. Mas tinha decidido ir de carro, ouvindo meus CDs. Domingo... Sussa. #vainessa #trouxa.
Os primeiros 7/8 do caminho foram bem. Quando já estávamos (eu e o Cesar) na avenida que margeia o parque o inferno começou. Tudo parado. 1km em 50 minutos, sabe como é? Não tinha para onde correr. Bom, nem para onde andar, onde parar, onde desistir do carro para sempre. Ali não precisava ter guardador, mas podia ter motorista de aluguel. "Moço, fica com meu carro e leva até a entrada do parque que eu vou a pé".
Não eram só os carros que estavam presos no mega congestionamento - os ÔNIBUS que passam por ali também estavam. Completo absurdo.
Uma hora veio uma ambulância do SAMU gritando desesperada. Fui me apertando, avisando os motoristas ao lado, consegui abrir espaço. Depois de passar pelo meu carro, a ambulância não conseguiu seguir em frente. IMPRESSIONANTE, ninguém mais fez o menor esforço para dar passagem. Ela subiu no canteiro central e foi pela contramão.
Quando eu for prefeita, não vou deixar entrar carro ali não, especialmente em dia de grandes eventos. Claro que o meu também não, que pergunta. Vou criar bolsões de estacionamento com linhas de van para fazer o translado.
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O transporte público TAMBÉM não colaborou com essa primeira parte da nossa jornada. O César vinha (veio) de trem/metrô da casa dele, perto da Estação Berrini, até o centro da cidade. O intervalo entre os trens estava sendo de 20 minutos.
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O Parque do Carmo é muito legal - enorme e bastante desfrutável. Mas é mal sinalizado que só ele. O evento tem interesse maior do que final de campeonato, mas depois de passar pelo portão você precisa de um GPS para achar o caminho. Não tem placa, não tem faixa, não tem pintura no chão, não tem gente para mostrar o caminho.
Pô, demorei um tempão pra falar: #imaginanacopa.
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Tinha mais vereador na festa do que na Câmara.
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Nosso Claudio Fonseca estava lá. Durante a cerimônia de abertura, cujo palco estava repleto de políticos não-candidatos, tivemos boa conversa sobre projetos dele para os professores municipais. Blogarei amanhã.
Nosso Adinelson Motta também. Ele é candidato a ser colega vereador do Claudio Fonseca. Gente finíssima. Gozado foi o prefeito passar por ele: "Mottinha, quanto tempo!".Motta trabalhou na Câmara quando Kassab foi vereador. Eu nem imaginava.
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Resultado do DataIbope no Parque do Carmo: tenho uns 30% de intenção de voto.
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Corta para a Parte 2 da agenda: encontro no Instituto Cultural 7 Porteiras, na Avenida Tiradentes, 1290.
Onde eu pensava que já era Avenida Tiradentes, ainda era Santos Dumont. Quando começou a Tiradentes, o número (ímpar) era bem menor do que o do nosso destino. Fui atééé a Luz fazer o retorno e vim seguindo a Tiradentes de volta até o número... 1280, onde a rua terminava.
Ok, tá difícil entender, depois eu colo um mapa com desenhinho. Resumo da história é que Avenida Tiradentes e Santos Dumont se misturam e se confundem mesmo por um bom trecho - mas a Tiradentes continua como uma tripinha de rua completamente improvável, descontinuada, que devia ter outro nome! #coisasdesãopaulo.
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Eis o mapa com desenhinho:
Faço a menor ideia se ficou mais fácil entender agora.
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O encontro foi muito bom. Nosso anfitrião, Pai Guimarães de Ogum, reuniu dezenas de lideranças e frequentadores de Casas de Umbanda, Terreiros de Candomblé e outros interessados na discussão sobre respeito à liberdade religiosa, bandeira que o levou a disputar um mandato de vereador. Havia algumas dezenas de pessoas na plateia, mas ele estava amargurado com a ausência de dezenas de outras que tinham sido convidadas. Não viu nada... Não é raro o candidato conseguir reunir cinco, dez, vinte em um salão em que ele esperava ter cem amigos ou conhecidos. Campanha para vereador é uma das coisas mais penosas do mundo (exceto aquelas de 3 milhões de reais que, felizmente, são poucas. Mas funcionam).
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De lá fomos para ao encontro do Denilson Perozzo, outro candidato. Ponto de encontro: casa de dona Adelina (ai meu deus, não tenho certeza de que o nome dela é assim), uma figura daquelas que derretem o coração da gente.
A cozinha da casa, uma belezinha, fica no fundo de um quintal com chão de terra e plantas, muitas plantas. Precisava ir ao banheiro, então entrei antes dos outros. "Ô de casa!", brinquei, sem saber quem ia encontrar. De bate-pronto ela respondeu, com a maior naturalidade: "Ô de fora!". Eu estava imitando um jeito de falar que já era antigo quando eu era pequena; ela estava falando de verdade.
O banheiro da casa tinha porta de cortina, como o da minha avó paterna. Parede e piso sem azulejo. Chuveiro sem box. Túnel do tempo.
Café passado no coador, bolinhos de chuva, garrafa de Fanta, sanduíche de bisnaguinha. E a dona da casa extasiada, pedindo desculpas por distribuir guardanapo de papel e agradecendo por estarmos ali. #vêsepode.
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Caminhamos até um terreno enorme na quadra de baixo. Era a chácara de uma família de alemães da qual fazia parte a Ema (pegou? pegou?). Uma reserva de Mata Atlântica, pequeno maciço verde a 500m da Anhaia Mello e o futuro monotrilho.
Uma construtora comprou a propriedade e pretendia fazer ali QUATRO TORRES de apartamentos. Disse que não ia derrubar nenhuma árvore. 1) Impossível. 2) Ainda que não derrubasse - seria um condomínio privado. 3) Ainda que liberasse o acesso do bosque ao público - um empreendimento desse tipo ia DESTRUIR a vizinhança. Uma rua estreita, tranquila, pedaço vivo da história do bairro. VIVO.
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Vizinhança agitou, vereadores Chico Macena e Juliana Cardoso encaminharam projeto para transformação da área em Parque Vila Ema e o prefeito baixou um Decreto de Utilidade Pública sobre a área, primeiro passo para a desapropriação. Um GRANDE passo, porque manifesta concretamente o interesse do poder público em tomar providência. Mas providência precisa ser tomada, orapois.
Segundo o povo de lá, estima-se que o terreno vá custar 27 milhões de reais à prefeitura. Se for isso, é uma pechincha. 'Xa comigo.
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De lá fomos para o Ong Ecobraz, que recicla equipamentos eletrônicos. Tão fantasticamente legal que vou deixar para contar essa parte depois. Quero voltar lá durante o dia para vê-la em funcionamento. E ajudá-los a comprar uma kombi em bom estado! Megasena? Ajudaria, mas não joguei. Tava pensado em Catarse mesmo.
(Tem foto da reunião na Ecobraz, e tb do Parque do Carmo etc, aqui no PPS Atualiza)
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Véi, a Anhaia Mello tem placa indicando o caminho para a "Administração Regional Vila Prudente".
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Saí de casa às 9, voltei agora há pouco. De manhã estava com preguiça; à tarde estava cansada, apesar de o passeio no parque ter sido muito legal. À noite estava recuperada e feliz, na vibe "eu amo São Paulo". Ô cidade legal. Doida, cansativa, burra às vezes, divertida, misturada, genial. Amo essa bodega de cidade, amo política, amo ser candidata. Tô com fome, tô com sono, tô sem voz e tô feliz.
#força
ResponderExcluir#sorte
Bom dia... Muito bom, não sou da Capital, mas gostei muito da forma como vc se expressa e também da forma como vc vê e analisa as situações. Parabéns, boa sorte em sua caminhada e que vc alcance seus objetivos!
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