Sobre Chávez - tuítes iniciais, expandidos e com comentários adicionais em itálico.
Miriam Leitão pisando em ovos p fazer críticas ao Chávez."Ele governou para os pobres. Violência aumentou muito, inflacão é alta. Mas ajudou os pobres!"
(Muita gente acha que, para fazer críticas, você precisa elogiar alguma coisa também. Aliás, tem gente que cobra isso: "E não tem nada de bom não?". Pra elogiar e exaltar o governo, tá cheio de gente. Maioria absoluta. Não posso simplesmente criticar - com DADOS, como faço questão?)
Se a redução da pobreza extrema lá for como aqui... Com mais de R$2,30 por dia a pessoa já saiu da miséria, msm s ter o q comprar p comer (NE)
(Pois é, esse é o dado oficial: quem não tem renda de R$70/mês (portanto, R$2,30/dia) está na faixa da "extrema miséria". Acima disso, já não está mais. Além de ser um valor que obviamente não permite que se viva dignamente em lugar nenhum - no máximo garante a sobrevivência, coisa que um país tão "rico e bem-sucedido" tinha de ter superado há muito tempo - existem lugares no país em que NÃO HÁ O QUE COMPRAR para comer. Não há o que comer, vide a TRAGÉDIA que afeta o Nordeste com a estiagem. A seca é inevitável - os efeitos dela sobre os seres humanos é o que temos o dever de mitigar).
Dilma sobre Chávez: "Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com Chávez". No placar Dilma x Lula, ela acaba de marcar mais um ponto.
(Lula é incapaz de tolerar divergências por parte dos opositores - Dilma também não é muito melhor nisso, afinal põe a culpa de tudo na "turma do contra" - mas jamais admite diferenças com os aliados. Pior: ainda pede desculpas e exalta sua história, como já fez com Collor e Sarney respectivamente)
(Lula é incapaz de tolerar divergências por parte dos opositores - Dilma também não é muito melhor nisso, afinal põe a culpa de tudo na "turma do contra" - mas jamais admite diferenças com os aliados. Pior: ainda pede desculpas e exalta sua história, como já fez com Collor e Sarney respectivamente)
(Mas Dilma podia dizer quis foram essas ocasiões, né? Pra gente entender melhor o pensamento do governo brasileiro)
Qdo alguém está há 14 anos no poder, nenhuma intenção de sair, e continua se dizendo líder de uma "Revolução"... Ô revolução lerda.
(O PT, por exemplo, surgiu com a proposta de "revolução e não reforma", isto é, mudanças rápidas e profundas. Nada de transições graduais, negociadas, com concessões. Eu escolhi o PT porque acreditava nisso... Fiquei na dúvida quanto a apoiar ou não Tancredo no colégio eleitoral, mas ela não durou quase nada - logo concordei com o PT, é tudo ou nada, e o que esperar de uma chapa que tem o Sarney como vice?? Como romper com a ditadura tendo junto a você um de seus expoentes? Vai vendo...)
14 anos NO PODER e falando em "Revolução". Sem oposição, sem liberdade. Revolução contra quem???
(Pois é. Depois de chegar ao poder, de governar o país por uma década e meia, alterar a Constituição a seu favor (claro), cercear a liberdade de imprensa e de manifestação, o que ainda FALTA fazer? Como ele pode ser situação e ao mesmo tempo ser o líder da "Revolução"? A população chora: "Nosso guia, nosso líder revolucionário"...)
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Ainda a Venezuela
Ainda a Venezuela
- A Presidente do Supremo vem a público depois da morte do presidente para tranquilizar a população e assegurar que as instituições democráticas são sólidas. Traduzindo: não são.
- "Os inimigos da pátria causaram a morte de Chávez", diz o vice-presidente. Como é que pessoas inteligentes e bem informadas no Brasil não percebem o ridículo e a nocividade de uma declaração como essa?
- Se um regime depende tanto da sobrevivência de um líder, qual a solidez desse regime? Qual a profundidade de suas conquistas? Ele não foi eleito sempre com a esmagadora maioria? O que temer então?
(Vale para o Brasil também... O PT alega sempre que as "conquistas sociais", a "revolução", as "profundas transformações" seriam ameaçadas ou perdidas se Lula não elegesse a sucessora. Então foram transformações muito frágeis...)
(Quem me acompanha - ou pega no pé, ehehe - sabe que é exatamente o que eu penso: as "transformações", onde houve (no Maranhão, Piauí e outros estados miseráveis continua o desastre de sempre), foram superficiais, cosméticas. O Brasil continua injusto, desigual, cruel como antes com os seus pobres. Os mais pobres e os menos pobres - os que vivem em palafitas penduradas no Rio Capiberibe, nas áreas de risco em Florianópolis, na Zona Leste de São Paulo, na Baixada Fluminense, que podem ter até TV de tela plana mas educação, saúde, lazer e real oportunidade de ascenção social eles não tem).
- Um governo que cultiva a idolatria, a beatificação do presidente, que o trata como herói em batalha inglória contra poderosos inimigos internos e externos, declarados e secretos, não pode ser um governo moderno, democrático, esclarecido. Quem alimenta o fanatismo vai na contramão das conquistas da civilização. Quem jogo o povo contra meios de comunicação não alinhados com o governo não pode ser exaltado por quem, teoricamente, preza a liberdade.
Se houve conquistas sociais na Venezuela? É possível. Na dimensão pregada pelos Chavistas? Duvido. Sequer é possível verificar de fato, tamanho o controle dos meios de comunicação. "Então por que ele é tão amado"? Ora, Hitler também era. ACM também era. As massas, não raro, perdem a razão. São passionais, seduzidas por símbolos e personagens carismáticos. Ser amados pelas multidões não é e nunca foi prova de governo justo, igualitário, progressita, honesto, bom.
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