quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Enquanto era do PT e se ainda fosse, seria defendida a qualquer custo

Demonstração de como funciona o petismo na Audiência Pública da Comissão de Orçamento e Finanças: um professor da Faculdade da Educação da USP, expondo dados históricos sobre orçamento, relembrou que no governo Marta Suplicy, o valor mínimo obrigatório com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino diminuiu de 30%, estabelecidos no governo Erundina, para 25%. O presidente da Comissão, Jair Tatto (que é incrivelmente republicano na condução dos trabalhos e eu não estou sendo irônica), lembrou que o Professor Claudio Fonseca, vereador pelo PPS, viveu aquele momento de maneira intensa.

Claudio era do PCdoB, portanto da base do governo Marta, e resistiu furiosamente a essa mudança. O resultado disso foi que ele foi impedido por seu partido de se candidatar à reeleição... O que já é, em si, uma demonstração de modus operandi: é mais importante defender o governo a qualquer preço do que defender verdadeiramente sua causa. Enfim.

O comentário gerou um leve burburinho na plateia - afinal, ressuscitou um momento tenso na história de governos do PT. Uma militante não se apertou: "Marta traíra. Golpista".

Ou seja: enquanto era do PT e se ainda fosse, seria defendida a qualquer custo. Como não é mais, que se dane, o mérito da discussão (recursos para a Educação!) perde totalmente a razão de ser. Marta virou traíra e fim de papo. O que ela fez de ruim, ardorosamente defendido por petistas e aliados, entra só pra conta dela.

Gostaria de saber se o que ela realmente fez de bom pra cidade - muita coisa - também perde o valor partidário e ela pode levar pra sua história como patrimônio pessoal...

**Post original no Facebook em 8 de ago de 2018 10:42

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