Chegaram aqui na Sub... Daqui providenciaremos o encaminhamento para abrigos. Vou descer para vê-las. Tem adultos com elas. Eles estão com fome. Compramos esfihas? Procuramos biscoitos entre materiais apreendidos de comércio ambulante? Qualquer coisa que fizermos, estará "errada". Faremos o que for possível...
***
Mudando de assunto, já que o dia não ficou só em torno disso (nenhum dia gira em torno de uma coisa só), hoje era o último dia para inscrição de oficineiros com propostas de atividades no Tendal da Lapa.
É que nem festa de aniversário: eu fiquei com medo que não viesse ninguém. Que nada, só hoje (último dia...) veio um monte de gente.
***
À tarde estive na Ceagesp, que em 2009 comemora 40 anos (em 69 houve a fusão de Ceasa + Cagesp - e eu até hoje digo "vou comprar flor no Ceasa", "ali perto do Ceasa"...). Já nos prometemos várias reuniões para tratar de temas como caixaria, cessão de área, etc.
O primeiro presidente da Ceagesp foi convidado para a cerimônia. Na saída, perguntou se eu "ainda era de Santana". "Eu não moro mais lá, mas uma parte da minha família continua". "Quem é sua família?". Expliquei: meu avô era um dos sócios da Padaria do Comércio; meu bisavô fundou a Comércio e também a Polar. (Para quem é antigo do bairro, não tem como não conhecer). "Quem era seu bisavô?". Benjamin Ferreira. "Não... Eu era muito amigo dele! E quem era seu avô, o Osvaldo?". "Não, quem era filha dele era a minha avó, irmã mais velha do Osvaldo. Ela era casada com o Manoel Gaspar".
Ele realmente sabia quem era. "Minha mãe adorava o Manoel! A gente morava na esquina da Salete com a Dr. César. Um dia, meu irmão caiu no banheiro e não conseguia levantar, um baita homenzarrão. Minha mãe era menor que você, também não conseguiu ajudar. Correu na Comércio e chamou o Manoel, que era fortão, lutava boxe, e ele foi ajudar na mesma hora. Ela nunca esqueceu".
Meu avô era mesmo fortão. Lutava box, caratê, remava no Tietê, fazia um pouco de ginástica olímpica ("E o cano era de ferro, viu? Não era essa barrinha mais flexível"), adorava basquete. Era no Maverick amarelo dele que o time feminino de basquete do Tietê às vezes se espremia para conseguir chegar em algum lugar de competição.
1. Compra esfiha que é bem mais gostoso. 2. Seu avô era o cara: não bastasse o Maverick ele ainda andava cheio...huahuahuahuahuahua
ResponderExcluirBela História ( com H mesmo ) ... é assim que a gente resgata a dignidade e identidade ... Gostei, há muita coisa a ser resgatada ...
ResponderExcluirPuxa, Soninha, sua família era quase dona de Santana! (risos...)
ResponderExcluir