segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Hoje... (Mais um resumo resumido)

- No fim-de-semana, fizemos duas "batidas" à feira clandestina de animais perto da Ceagesp e conseguimos inibir a atividade. Precisaremos repetir a operação outras vezes - é só descuidar um pouco que os vendedores voltam. Mas o ideal é remodelar o canteiro central onde eles se instalam, de modo a impedi-los, e conscientizar os potenciais compradores para que não comprem!

(Estou adorando a campanha "Adotar é tudo de bom" - se não me engano, de um fabricante de ração).

Mas, pra vocês verem como são as coisas: a equipe de fiscalização que trabalhou no sábado e no domingo terá, por direito, três dias de folga durante a semana. Ou seja: ficaremos desfalcados. Azar - o que tem de ser feito, tem de ser feito.

- Reunião com Sergio Gomes, da Oboré. O homem é uma usina de ideias. Exemplo: montar, em cada uma das feiras livres da Subprefeitura, uma "banca de cidadania". Uma barraca para divulgar as ações da prefeitura, das ONGs da regiao, etc. Desenhada por alunos de arquitetura da Escola da Cidade, montada e cuidada por voluntários. E teve muito mais do que isso.

- À tarde, reunião dos Subprefeitos na Sabesp sobre o programa Córrego Limpo. Quantos pepinos, abacaxis, mandiocas... Como é difícil consertar o que foi feito errado em centenas de anos. Agora temos bairros de classe media/alta que reclamam de córregos ou bueiros malcheirosos mas, intimados a conectar suas casas à rede de esgoto, não obedecem... E bairros pobres ou assentamentos miseraveis dependurados em margens de rios, sem lugar para ir. Obras que não podem ser feitas de dia porque atrapalham demais o trânsito e não podem ser à noite por causa do barulho... Assim fica dez vezes mais difícil examinar, despoluir, manter limpos os pobres cursos d'água que cortam a cidade por cima e por baixo da terra. Azar - o que tem de ser feito, tem de ser feito (já falei isso hoje?).

- Sabesp e prefeitura precisam trabalhar juntas no programa de limpeza de córregos, é óbvio. Por parte do Executivo municipal, ficou definido que a Subprefeitura é quem representa a administração. Portanto, se a Sabesp precisa, para a realização de uma obra, de ações da Habitação, da Secretaria do Verde, da Siurb ou da Assistencia Social, é problema nosso - dos Subprefeitos - fazer a articulação necessaria. A Sabesp não tem que ficar batendo à porta de dez órgãos diferentes; somos nósos interlocutores. Ok.

Só que, durante a reunião, perguntei de alguns pontos críticos na Sub-Lapa, como o córrego do Ribeirão Vermelho, na divisa com Osasco. O representante da Unidade de Negócios Oeste da Sabesp informou: "Essa parte é da Unidade Norte, que terá sua reunião na quinta-feira". Aí o representante da Coord. das Subprefeituras interferiu: "Bom, se vocês querem que cada Subprefeito responda em nome de toda a prefeitura, nós também queremos que a Sabesp seja uma coisa só!". (Risos... Mas ele tem razão).

- À noite, apresentação do "Plano de governo" no auditorio da Associação Comercial da Lapa. Não foi um plano de metas, como eu pretendia. Ainda não sou capaz de fazer uma projeção mais precisa de prazos/ resultados. Mas expus as linhas gerais do que pretendemos fazer nas diversas areas - Meio Ambiente, Mobilidade, Educação, Saúde, Cultura, Esporte etc. E nos três níveis: internamente (melhorias da estrutura da própria Sub), externamente (nossas ações Executivas propriamente ditas) e a comunicação entre um e outro (o compartilhamento de conhecimento e da responsabilidade).

Apresentamos dados, projetos em andamento, o orçamento da Sub, etc. Respondi, depois de quase uma hora e meia, algumas perguntas feitas por escrito pelos presentes. Outras ficaram para mais tarde, isto é, para outro dia - algumas, porque eram abrangentes demais (impossível falar brevemente sobre Operações Urbanas, por exemplo - um tema complexo que exige uma noite toda ou mais); outras, porque eram específicas demais (e não é justo tomar o tempo de cem pessoas com elas). Mas algumas pessoas que não tiveram suas respostas na hora ficaram indignadas, protestaram em altos brados, se disseram discriminadas. Pessoas que já obtiveram horas da minha atenção, em audiencias reservadas, por telefone, email... Enquanto isso, no fim da sala, no fim da fila, moradores da favela da Àgua Branca - provavelmente o problema mais sério que nós temos hoje, pela combinação de área de risco + familias desamparadas + crime organizado + oportunistas - esperavam com paciencia pelo momento de falar cinco minutos comigo...

Mundo injusto, mundo cruel, até mesmo no breve espaço de uma audiencia pública.

Um comentário:

  1. Parabéns pelos números. Se continuarem nesse ritmo, logo vai sobrar tempo (rsrsr).
    Não concordo com a posição paternalista quanto a certas coisas. Todos os que vendem e compram animais em feiras clandestinas, sabem e muito bem que isso é ilegal.Inibe aqui, vão para acolá e assim vai até a fiscalização cansar. O mesmo acontece com os ambulantes. Não adianta orientar e ou tentar educar. Está valendo a Lei de Gerson para essa gente. O ideal é apreender o que está sendo comercializado e fichar o vendedor, para em caso de reincidência, serem tomadas medidas legais. Enqanto isso ou algo similar não for feito, vamos continuar correndo atrás do próprio rabo.

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