Eu sou a favor de mudança na legislação, meu candidato a presidente não é. Agora virou motivo de guerra, troca de acusações - na verdade, sempre foi. Até por isso acredito que seu efeito eleitoral está sendo bastante superestimado. Os documentos sobre esse assunto, os sites contra aborto, os vídeos com pronunciamentos de religiosos e as correntes circulam já há bastante tempo. Por que teriam causado mudança de opinião em cima da hora?
O que realmente é relevante discutir, em relação à candidata do governo, é mais um caso em que se tenta reescrever o passado. Se ela mudou de opinião, ou se não mudou mas vai respeitar a que parece ser a opinião da maioria, é compreensível. Mas ela busca adaptar o discurso às circunstâncias e negar a posição anterior - e isso já aconteceu várias vezes. O próprio presidente, tido como muito "autêntico", também muda o discurso conforme a plateia. Ora se coloca como um baluarte anti-capitalismo, ora diz que "precisou um operário ensinar as elites a fazer capitalismo". :oP
***
Complementando com meus tuítes de hoje:
Há 3 dias, repórteres me ligam p falar sb aborto. Depois a imprensa reclama q está se falando demais de aborto. :oP
A última q ligou ficou perguntando sb aborto e religião. P questionar o fato d os candidatos misturarem valores religiosos e a discussão..
As pessoas não precisam abrir mão de suas convicções religiosas ao entrar na política. Não podem impor suas crenças, mas podem tê-las, pois não?Mas alguns temas SEMPRE dão confusão: aborto, drogas, LGBT. Armas, maioridade penal, tema de morte. O + difícil é discutir com serenidade.
***
O PT reclama do "uso eleitoral" da religiosidade. Quando o bispo/padre/pastor pede voto para a candidata do governo, tudo bem, né?
O PT reclama da "baixaria". Dizerem que "Foi o Serra que legalizou o aborto no Brasil" tudo bem, né?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Talvez eu responda seu comentário com outro comentário... Melhor passar por aqui de vez em quando para ver se tem novidades para você.