Umas das partes não pode participar da relação sem querer.
Esse “sem querer” pode ser/se manifestar como:
- Resistência ruidosa, enérgica, desesperada.
- Falta de vontade sem muita resistência, que acaba cedendo diante de pressões diversas (do marido, por exemplo - não são poucas as mulheres que só tem relações sexuais porque se sentem “no dever”, para “segurar o marido”, ou porque é mais fácil ceder do que resistir e terminar em briga).
- Falta de vontade derrotada pelo medo - medo de perder o moço, de perder a oportunidade, de demorar muito para perder a virgindade, de ser zoada pelas amigas...
- Falta de vontade porque a pessoa nem sabe o que está acontecendo para ter vontade ou não.
- Resistência ruidosa, enérgica, desesperada.
- Falta de vontade sem muita resistência, que acaba cedendo diante de pressões diversas (do marido, por exemplo - não são poucas as mulheres que só tem relações sexuais porque se sentem “no dever”, para “segurar o marido”, ou porque é mais fácil ceder do que resistir e terminar em briga).
- Falta de vontade derrotada pelo medo - medo de perder o moço, de perder a oportunidade, de demorar muito para perder a virgindade, de ser zoada pelas amigas...
- Falta de vontade porque a pessoa nem sabe o que está acontecendo para ter vontade ou não.
Em todos esses casos, há algum tipo de invasão, submissão
forçada, desprezo ou desrespeito pela
vontade do outro e portanto violência.
Violência não é só faca na garganta, arma apontada, soco,
pontapé. Violência é opressão, ameaça, abuso.
O que aconteceu no BBB não foi sexo consentido.
A moça (Monique, né?) estava chapada. Desacordada. Ela foi
comida (perdão pela rudeza) sem nem saber que estava sendo. Sem prazer, sem
escolha. Sem ter a menor oportunidade de dizer “só com camisinha”.
A defesa do moço (Daniel, né?) pode buscar atenuantes,
porque esse é o papel da defesa... Dizer que ele também não sabia bem o que
estava fazendo - o que poderia, sei lá, ser o equivalente a transformar “doloso”
em “culposo”. Que ele não teve a intenção de abusar; que ele não embebedou a
moça para que ela não resistisse; que ele, zoado de goró, imaginou até que ela
estivesse gostando, “brincando” de ficar quietinha.
Defesa é isso... Vai tentar explicar, justificar, aliviar.
Mas, como observou uma amiga minha, não sabia o que estava
fazendo p. nenhuma. Ele parava quando alguém se mexia no quarto, tentava não
fazer barulho... Podia estar meio bêbado, mas sabia que estava fazendo sexo com
uma mulher dormindo, uma pessoa que não estava ali participando, retribuindo.
E não tem essa de “quem mandou beber tanto”. Bêbada ou não,
o corpo é dela e ela tem direito sobre ele. Soberania. Não serve jamais como
salvo-conduto: “Pode entrar, a pessoa está bêbada então perdeu a autoridade
sobre seus orifícios. Se quiser despejar também alguma coisa na boca, nariz ou
ouvidos, aproveita. Não tem dono”.
E não me venham com essa loucura de dizer que é racismo,
pelo amor de deus. O moço é lindo, gostoso, talvez a Monique quisesse ter
relações com ele, casar, ter filhos, fugir para a Venezuela. Mas ele fez sexo
com ela sem se importar a mínima se ela estava fazendo sexo com ele ou não. Se
masturbou com uma mulher de carne e osso, como se fosse uma boneca inflável.
Que horror.
Moços, por favor, se quiserem fazer sexo sem se importar com
a vontade da parceira, usem as mãos, o aspirador de pó, uma melancia, uma
boneca inflável. Não uma moça de verdade.
Soninha como eu já li algumas vezes sei que você é a favor da moradia social no centro de SP. Gostaria de saber a sua opinião em relação ao projeto Nova luz e as ultimas investidas da prefeitura na região da cracolândia.
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