terça-feira, 19 de junho de 2012

♫ ♪ Todos juntos vamos, pra frente Brasil! ♪ ♫

Essas cúpulas de países podem ter muita utilidade no sentido de "raise awareness", isto é, elevar o grau de conhecimento, percepção e consciência sobre determinado tema ("awareness" é uma palavra mto legal, sem tradução exata em Português). A mídia fala, a sociedade civil organizada se manifesta (a desorganizada fica meio por fora, como sempre :oP), especialistas são ouvidos, políticos e governantes são cobrados.

Mas o "documento final", sinceramente, não vale quase nada. Para um texto ser aprovado por consenso, tem de ser desidratado, isto é, chocho, café-com-leite, conservador. Ou não tem consenso, óbvio!

Ademais (nossa, acho que nunca disse "ademais"), que adianta assinar os documentos, não cumprir nada e não ter sanção alguma? O Brasil é signatário de uma penca de Tratados Internacionais e só se compromete de verdade com os que bem entende. Uma vez, fuçando muito nos sites do governo federal, encontrei a lista completa de tratados e convenções.

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Mais uma vez, por ocasião de uma conferência de meio ambiente, caem por terra a máscara, as falácias da propaganda ufanista do governo federal, porque nessas ocasiões protestamos "NÃO SOMOS RICOS! SOMOS POBRES E SUBDESENVOLVIDOS!". Isso porque cobramos, dedo em riste e cenho franzido, que os "países desenvolvidos" paguem a conta dos investimentos necessários para reduzir nossa pegada ecológica.

1 - É verdade! Somos subdesenvolvidos! Educação de m.,  Saúde péssima, Saneamento Básico abaixo da crítica, Infraestrutura do século retrasado - exceto pelos trens, que estavam mais avançados naquela época.

2 - "Os ricos destruíram tudo e agora querem que a gente preserve". Deixa eu entender: os governantes de hoje reivindicam o direito de praticar aquilo que SABEMOS que são erros graves, porque lá atrás os europeus fizeram a mesma coisa? Ah, então vamos escravizar e pretexto de alcançar o desenvolvimento, desmatar à vontade, enforcar criminosos em praça pública... Se eles fizeram isso tudo, por que a gente não pode fazer também?

3 - Os ricos se deram conta que daquele jeito (modelo Sec XVI, XVIII...) não dá e investem cada vez mais em modos sustentáveis de fazer as coisas - não os Estados Unidos em geral, porque esses são, na maioria, de uma arrogância inigualável. Mas os europeus, por exemplo, investem em energias renováveis, carros menos poluentes, tecnologias avançadas. Nem por isso estão ficando menos ricos.

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E o Brasil da economicamente viável e socioambientalmente responsável [NOT] Belo Monte (não aprovo o quebra-quebra não... :o( ), da ma-ra-vi-lho-sa transposição do São Francisco (barata, eficaz, bem-conduzida), da ex-ce-len-te política de mobilidade urbano ("compre já seu automóvel, pague se der!"), do reconhecimento do valor da floresta em pé (ô!), do rigor na aplicação da legislação ambiental (a-hã), da rede espetacular de Saneamento Básico (um orgulho!), do diesel limpo já a bastante tempo, do cerrado e mangues respeitados, da presidente que realmente se importa com o impacto ambiental de suas decisões, posa de LÍDER da sustentabilidade no mundo.

E nem fica vermelho.





2 comentários:

  1. Soninha, dizer que nós podemos desmatar, porque os ricos também fizeram, é o mesmo que dizer que o Maluf pode apoiar a campanha do Haddad, porque apoiou o FHC...

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  2. Rio+20 foi engraçada!

    Gastamos quase meio bilhão de reais para reconhecer que o mundo tem problemas!

    se acabarmos com subsídios dos combustíveis fosseis será um ganho mas não iremos resolver o problema moral Cultural que enfrentamos.

    Belo Monte é exemplo de nossa Cultura.

    Ao escolher as formas de suportar a oferta de elétrons que a sociedade moderna necessita, o sistema monetário valora como sendo mais barato construir uma Belo Monte que investir em Parques Eólicos offshore, o valor da mágica das Culturas locais ancestrais não entra na conta...

    vai entender esse cultura!

    #paz
    #sorte

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