A sequestradora alegou ter sofrido um aborto espontâneo e, assim, perdido o direito aos 500 mil reais que seu pai adotivo havia prometido caso ela tivesse um filho. (Promessa bizarra, se verdadeira - "Minha filha, quando seu filho nascer, te dou meio milhão de reais"). Querendo botar a mão no dinheiro, ela teria escondido o aborto e decidido sequestrar uma criança pra fingir que era o filho dela.
Abominável.
Seu companheiro trabalha em um hospital em Saquarema e foi o responsável por identificar o bebê que seria seu bilhete de loteria.
Ou... Caso não houvesse promessa nenhuma por parte do pai adotivo (não consigo acreditar que alguém pudesse ser tão leviano), eles de toda forma negociariam o bebê, claro. Afinal, nem se deram ao trabalho de inventar uma história que não envolvesse dinheiro... ("Ela ficou desesperada ao perder o filho e eu quis ajudá-la!").
No dia seguinte, o noticiário já dava conta de que eles eram suspeitos de outros sequestros... Faz muito mais sentido.
Só que ainda falta um detalhe bizarro nessa sordidez toda. O sequestrador, que trabalha em um hospital em Saquarema e que é essa flor de criatura capaz de levar um nenê recém-nascido da casa da mãe, era ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO (veja aqui uma das várias notícias sobre o assunto). Tá bom ou quer mais?
O Presidente da Assembleia exonerou o assessor assim que foi informado da barbaridade cometida e o condenou com palavras fortes.
Mas que c. fazia um Assessor Parlamentar trabalhando em um hospital em Saquarema????
***
Se a imprensa ficou inquieta, inconformada, não sossegou enquanto tirou isso a limpo?
Só se for lá no Rio de Janeiro, porque o noticiário nacional, que às vezes passa semanas fazendo espuma em torno de assuntos de muito menor gravidade, nunca mais tocou no assunto.
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