Fazia um calor dos infernos, com a peculiaridade de ser verão. Achei que ia chegar lá e encontrar uma mega ação voluntária, mas não havia nada. Fiquei na dúvida se tinha ido ao lugar certo, na hora certa. As crianças que encontrei não sabiam de nada.
Fui entrando e ficando cada vez mais convencida de que tinha "viajado", até que vi um rapaz com uma piscina Regan e um esguicho fazendo a festa de uns 20 pequenos. Boa ideia! Fiquei pensando em distribuir piscinas de plástico nas favelas rsrs.
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Depois de passar por barracos muito detonados, me espantei com o prédio da creche, super arrumadinho. Foi na frente dele que montaram a piscina. Era muita criança para pouco metro quadrado, então tentavam organizar uma fila e a contagem de tempo para ver quanto cada uma ficaria dentro d'água antes de dar a vez para as próximas. Imagina se tava fácil, facinho.
Depois de passar por barracos muito detonados, me espantei com o prédio da creche, super arrumadinho. Foi na frente dele que montaram a piscina. Era muita criança para pouco metro quadrado, então tentavam organizar uma fila e a contagem de tempo para ver quanto cada uma ficaria dentro d'água antes de dar a vez para as próximas. Imagina se tava fácil, facinho.
Logo chegaram uns meninos para puxar conversa, tinham doze ou treze anos. Fofos, espertissimos. Me levaram para passear.
Subimos no antigo moinho. Nossa. Horrendo de imundo.
Morava gente ali.
"Não vamos fazer barulho aqui porque o [Fulano] vem atrás da gente". Eram uns "doidos" que montavam suas trincheiras e consideravam aquele pedaço de mundo um paraíso. Brigavam entre si pelo melhor espaço, não raro puxavam uma faca para defender seu território.
Um ou outro menino tinha medo de verdade, mas a maioria estava é louca para ir provocar os doidos.
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Eu queria subir até o último andar, tirar foto lá de cima. Eles iam me avisando "cuidado aqui, tem buraco". Tinha tanto lixo que não dava para conceber o que havia por baixo dele. Nesse caso o "buraco", indistinguivel para meu olho destreinado, era o poço do elevador.
Eu queria subir até o último andar, tirar foto lá de cima. Eles iam me avisando "cuidado aqui, tem buraco". Tinha tanto lixo que não dava para conceber o que havia por baixo dele. Nesse caso o "buraco", indistinguivel para meu olho destreinado, era o poço do elevador.
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Acho que vou conseguir dormir mais um pouco. Volto depois.
Acho que vou conseguir dormir mais um pouco. Volto depois.
Talvez tenha sido a madrugada, mas esse relato é tão onírico e tão vertiginoso e de uma clareza, crianças, piscina, brincadeiras, estudantes em uma intervenção artística, você sendo levada para conhecer um lugar degradado como o moinho e o lixo escondendo um buraco muito mais fundo do que podemos imaginar. Muito medo das nossas ilusões. Um beijo!
ResponderExcluirIsso é tudo tão horrível, mais um nó no estômago o que aconteceu essa semana.
ResponderExcluirSoninha : veja isto : http://www.viomundo.com.br/denuncias/gerson-carneiro-o-malabarismo-de-soninha-francine.html
ResponderExcluire isto : http://blogs.estadao.com.br/julia-duailibi/levy-ganha-direito-de-participar-de-debate-da-globo/?fb_comment_id=fbc_145524088924467_316665_145602108916665#f3cfc0fd82c5f6c
Bom dia Soninha td bem ? Olha to acompanhando o debate e gosto do seu jeito e até tinha pensado em votar em vc. Porém, vc acabou de apoiar o Haddad, acabou de perder o meu voto. Boa sorte pra vc! até
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