sexta-feira, 21 de setembro de 2012

"Não vai inventar", hmpf

Anderson me deixa em casa e diz: "Vai dormir, não vai inventar de ligar o computador".

Rá.

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Na metade do debate da Cúria Metropolitana, eu já estava trocando as letras. Às 11h tive um compromisso com empresários do setor de serviços - duas horas de boa discussão sobre programa de governo, política, administração pública etc. Dali para a frente, capacidade de articular frases só fez diminuir.

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Do Tatuapé para o Alto da Lapa - outro debate. Trânsito na Radial + metrô quente + caminhada + ônibus + caminhada = 1 hora. Até que não foi tão mal.

Presentes: representantes do Haddad, PSOL, Russomano e eu. Perguntas sobre cultura, transporte, passe livre etc. E sobre as "coincidências" nos incêndios em favelas - parecia que ninguém ali discordava que só pode ser um grande complô da "especulação imobiliária".

Nem os fabricantes de minas explosivas tem reputação tão ruim hoje em dia. Ou os políticos.

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As favelas em que houve incêndio ficam perto de áreas "de grande valorização", onde há "grandes empreendimentos".

Difícil é achar um lugar em São Paulo que não tenha essas características.

Enfim, tem gente que acha mesmo que existe um complô diabólico das construtoras para tacar fogo em favela, com no mínimo a conivência da prefeitura.

Sería o complô mais estapafúrdio e mal conduzido do século. Especialmente pelo que competiria à prefeitura.

Em ano de eleição, os caras resolvem criar um problemão para si mesmos. Arrumar da noite para o dia centenas de famílias desabrigadas... Notícias super ruins, péssima repercussão...

Como diria Mr Holmes, a quem interessaria o crime?? Não à administração municipal...

E nem às construtoras! Desde quando uma favela incendiada nos arredores ajuda a vender o apartamentos novinhos ali perto? Era muito mais fácil eles usarem um outro método já testado e aprovado pelas partes interessadas: pagar as famílias para irem morar em qualquer outro lugar, menos ali.

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Eu não sei como o Moinho não pegou fogo antes, isso sim. Tudo TÃO precário... Nos últimos 20 dias, escapou de incêndio duas ou três vezes - em todas elas, algum morador correu o risco de se f. muito porque arrancou um fio quente demais com as mãos para impedir que pegasse fogo ou que o fogo se alastrasse.

(Não dá, tô quase dormindo em cima do teclado, embralhando as letras... Amanhã eu volto e termino)



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