sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mau humor matinal-eleitoral


Na segunda-feira, gravei dois novos “comerciais” de 15 segundos - aqueles vídeos para exibição nos intervalos da programação normal na TV. Ei-los:





Foram entregues às emissoras na terça-feira de manhã. A Globo os exibiu? NÃO. Recusou-se. Até ONTEM, quinta-feira, continuou passando os antigos.

POR QUE? Filhadaputagem grátis. Não tem outra explicação.

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A cobertura da mídia é muito desigual e a distribuição de tempo no horário eleitoral também. Mas a gente tem a internet, né? Para compensar as diferenças de grana/tamanho dos partidos/padrinhos?

É. Mas os sites de campanha/apoio tem de sair do ar HOJE À MEIA NOITE. Pensei que isso tinha mudado da última eleição para cá, mas não.

POR QUE?? Falta de noção. Não tem outra explicação.

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Ontem às 9 da manhã, dentro da “lotação” a caminho do Metrô Barra Funda, espaço de sobra. Cabiam mais umas dez pessoas sem maiores sacrifícios (algumas iriam de pé, mas assim é o mundo do transporte público, sorry Classe A/B).

Dez pessoas a mais lá dentro, dez carros a menos na rua - o que faria nossa lotação andar bem mais rápido, mas ela estava presa no congestionamento da Venâncio Ayres. *&_$;¨&¨%$#
Coletivo preso atrás de automóvel - assim não pode, assim não dá. Não precisa ser como ambulância (aliás, nem para ambulância as pessoas abrem passagem hoje em dia), mas TEM DE TER PREFERÊNCIA.
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Tem gente que só cogita (se é que cogita - acho que falam isso nas pesquisas, mas nunca pensaram seriamente na possibilidade) deixar o carro quando houver “mais metrô”.
Acho que pensam que um dia o metrô vai passar na esquina da casa delas, as levará até a porta do trabalho e terá sempre lugar para ir sentado. Andar uma ou duas quadras, ficar de pé, dividir espaço com outras pessoas? JAMÉ.
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Vamos precisar andar a pé, SEMPRE. Pegar ônibus, SEMPRE - mesmo as cidades com seus gloriosos 200km de metrô precisam muito de seus ônibus.
E olha, palavra de quem anda bastante de ônibus e metrô: para a “classe média plus” -  a classe média do Lula é “isso aqui” acima da pobreza (= salário do Professor Raimundo) - que tem carro bacana, não sai de casa na perifa às 4 da manhã para trabalhar a 20km de distância, não bate cartão às 8, o coletivo JÁ É, em muitos casos, alternativa melhor para se deslocar pela cidade. Não só não arranca pedaço como leva a gente com menos estresse para outros cantos da cidade.
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Naquele calor atordoante, passar na frente do Memorial da América Latina dá a sensação de quase desmaio. Vontade de dopar o Niemeyer para que ele assine autorização para quebrar pedaços daquele concreto e plantar grama, árvores, fazer sombra. Espelhos d’água, vai, se ele gosta tanto deles.
Uma vez a direção do Memorial quis sondá-lo assim, de leve, sobre essa possibilidade. “Quer ver árvore, vai ao Jardim Botânico”.
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Por essas e por outras o item 2 apontado por esse urbanista no vídeo abaixo não é clichê, óbvio ululante, ponto pacífico. Tem gente que esquece mesmo o detalhe “pessoas”.

Um comentário:

  1. O jornalista VITOR BIRNER publicou a seguinte opinião em seu blog (especializado em esportes, mas como domingão não tem futebol devido às eleições, natural ele falar de "voto") sobre FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS. Ele acha que isso "resolveria muitos problemas/distorções" de nossa política. Pessoalmente, discordo; sou contra! O que VC acha a respeito disso??!
    [segue link - http://blogdobirner.virgula.uol.com.br/2012/10/05/como-fazer-uma-propaganda-eleitoral-recomendo/comment-page-1/#comment-447951 ]

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