Última parte de "Haddad, o coitadinho" (cf matéria da Época)
EU CANSEI DE DIZER que ele não fazia IDEIA do que é ser prefeito de São Paulo. Pensava que ser ministro é mais difícil...
Lá longe, com responsabilidades diluídas, a milhares de km de distância da universidade federal sem professores, sem laboratórios, sem água nos banheiros, sem refeitório, sem moradia, é MUITO mais fácil. A cobrança é invisível, inaudível. Nem na Globo aparece, quando mais na porta do gabinete.
Enquanto ministro, Haddad tinha uma preocupação só – uma ENORME preocupação, visto que a Educação no Brasil é talvez o maior de nossos desafios e CONTINUA UMA BOSTA – mas que exclui todas as outras. Mais ainda porque o ministério resolveu se dedicar quase que exclusivamebte a aumentar tremendamente as vagas no ensino superior, e com solene desdém pela qualidade.
Certa vez, sentada a seu lado durante um debate no Sesc, cobrei dele os milhares de “Planos Municipais de Educação” feitos por municípios no Brasil todo e que nunca saíram do papel (porque ele estava criticando para mim os "planos que nunca saem do papel"). Resposta de Haddad: “Isso é PAC. As minhas metas no ministério eu cumpri todas”. SIC!
Ele realmente acha que foi bom ministro e que isso o qualificava para ser prefeito.
Transporte não era com ele. Nem finanças, saneamento básico, enchentes, fornecimento de energia, arborização, buracos na rua, trânsito, moradia. Agora tudo é.
Com sua soberba, arrogância e presunção, aceitou ser “o novo” do Lula. Gabou-se, na vitória, de ser o segundo poste eleito por ele. Aceitou fazer o papel de super-herói da modernidade na propaganda miliardária de João Santana.
Agora aguenta. Nós também temos de aguentar.
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