sábado, 21 de fevereiro de 2009

Fué fué fué

Ontem passei na Praça de Atendimento da Sub para ver como estavam as coisas ali (ela fica na extremidade oposta à da minha sala, então quase não a vejo; aproveito para dar uma olhada no caminho do almoço) e uma das meninas que trabalha lá (e que vai ter de sair porque o contrato de prestação de serviços está terminando, ô dó) veio me contar uma história triste. Nada de árvores dessa vez...

Apareceu lá um munícipe que ouviu, segundo ele, na Rádio Bandeirantes, que as Subprefeituras estavam distribuindo ingressos grátis para o Sambódromo; bastava os interessados levarem um quilo de alimento não-perecível.

Quase morri de dó. Ela também. "Olha, eu não estou sabendo de nada, não veio ingresso nem para nós... O senhor tem certeza que falaram isso?". E veio tirar a dúvida comigo.

Era mentira, claro. Que baita sacanagem.

Eu tinha acabado de saber que receberíamos ingressos para os funcionários - arquibancadas para domingo. Nem tinha certeza se seriam suficientes para todo mundo mas, se pudesse, iria atrás do cidadão para entregar dois para ele.

No fim, eram muitos os ingressos. Mandei email para os supervisores quando voltei do almoço, para que perguntassem aos seus funcionários quem queria ir. É grupo de acesso e tals, mas e daí? Tem escola que caiu ano passado que eu achei absurdo ter caído. E é legal de qualquer jeito - ainda mais de graça, oras.

Pedi para avisarem o seguinte: cada interessado poderia receber dois ingressos. Se faltasse, teríamos de sortear. Se sobrasse, poderíamos dar mais de dois a quem quisesse.

Sabe quantas respostas vieram por email? NENHUMA.

Aí saímos pela Sub no fim da tarde, de sala em sala, perguntando "quem vai querer". Já não tinha muita gente, não...

Ou seja: o pobre do cidadão que foi tapeado por um boato qualquer podia ter levado meia dúzia. Se arrependimento matasse... Fico até agora me torturando por não ter tentado descobrir quem era naquela hora e ido atrás dele na rua.

Uma vozinha tenta me consolar: "Você não ia achar mesmo... E ele nem ia querer ir no domingo".

:o((((

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Normal.
    A SPTuris (cabidão de empregos tucanóide sem contra partida social) costuma lucrar horrores legal e ilegalmente -- sim, MP tem conhecimento disso --, daí eles queimam os ingressos, e então se tiver restado alguns nas cizinhas, eles sorteiam aos seus funcionários para "motivar e integrar profssionalmente".
    Uma outra voz me diz que ficar triste por isso, Sonia, é como ficar triste pela TV de alguém não sintonizar a Globo.
    Não se preocupe.
    Não com isso.

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  3. Soninha
    Quando nao se esperar muito das pessoas, nao nos decepcionaremos tanto.

    Talvez mais significativo que sobrarem ingressos, pois te "esnobaram", eh voce se conformar que aquela pessoa "precisa" perder o emprego...Tenho certeza que um "pedido" seu e "encontrarao" varias alternativas e manter o emprego dela.

    Lembre-se sempre voce nao "pede", DETERMINA.

    Gostaria de lhe parabenizar, ontem fez 31 dias de Governo, passou muitas e mahs, talvez umas pouquinhas boas...

    Arrumei um tempinho e li de chofre todos seus posts.

    Posso te pedir um post de Comemoracao-Manifesto-Balanco ??


    Proxima etapa os famosos 100 dias, ai acaba a lua de mel com o povo....

    Ateh lah passaram as chuvas...hehehehe

    posso te mandar um email??

    Bom Carnaval

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  4. é uma boa coisa pra voce pensar: não tem o tal sorteio de casas para os inscritos em alguns programas habitacionais? Porque não sorteio de ingressos grátis para os cidadãos??!
    beijussss, Bom Carnaval! descanse.
    zanjoca

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  5. Soninha, eu peguei o telefone do munícipe que veio saber sobre o ingresso, pois prometi ligar pra ele assim que me informasse sobre o assunto. Ele afirmava que a notícia havia sido veiculada na quinta e na sexta-feira, e dizia para procurarem o ingresso em qualquer Subprefeitura. Procurei até no site da emissora, no próprio link do jornal, mas não havia nada afirmando tal coisa. Ninguém, nem mesmo colegas de trabalho que poderiam confirmar a notícia, sabia sobre o assunto- parecia ser mesmo uma notícia falsa, ou até mesmo um mal entendido. Liguei para o munícipe, e a pessoa que atendeu passaria-lhe o recado, dizendo que " quando a esmola é muita (sic), o santo desconfia".
    Ao término do expediente, eu e uma funcionária do Protocolo aguardávamos um amigo, e com grata surpresa, recebemos de seu assessor os convites para domingo.
    Como ela não podia ir, nós pensamos até em doar o ingresso para o munícipe, mas o nro. do telefone dele havia ficado na Praça, que já estava fechada.
    Uma pena mesmo.

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