quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Minha vida em oito rodas


Ou doze, ou dezesseis, não sei quantas são em um ônibus biarticulado.

Hoje tive reunião na FGV – mais precisamente, no ITCP, que é o máximo, sou fã.

Da Rua Boa Vista para a 9 de julho, com certeza a melhor alternativa é pegar um ônibus no Terminal Bandeira e descer no ponto em frente à faculdade.

Caminhei uns 5 minutos – embora tenha parado no meio da caminho para cumprimentar o Robson pela Bicicloteca, que é DEMAIS – e cheguei ao Terminal.

Que tem duzentos mil ônibus que seguem pela 9 de julho, cada um com seu ponto final. Aí começa a primeira burrice: você tem de escolher um deles meio a olho e dar sorte dele ser o primeiro a sair.

Beleza, entrei em um com o motor ligado e ele saiu quase imediatamente. Em 5 minutos eu estava na GV. Ônibus vazio, fui em pé mas com espaço.

Na volta... Colapso do sistema. Tudo errado.

O ponto sentido Centro estava lotado de gente. Tem de se acotovelar para chegar junto ao meiofio e fazer sinal para o ônibus parar.

São dois pontos emendados e não consegui descobrir qual ônibus pára onde. Sei que chegou um Terminal Bandeira (quase vazio!), fiz sinal, algumas outras pessoas também e o mardito não parou.

Será que a gente estava no ponto errado??

Em seguida, veio um Princesa Isabel bem cheio. Não quis pegar – vai que não dá tempo de descer no meu ponto?

Aí veio outro Terminal Bandeira. Bem cheio, mas não megahiperlotado. Mas o motorista só parou para o pessoal desembarcar, não abriu as portas de embarque. !!!!!!

Chegou outro Princesa Isabel, desta vez um biarticulado, cheio mas com espaços. “É nesse que eu vou”.

Bom, embarcar já foi difícil, com a calçada congestionada e algumas pessoas ocupando metade da porta. Aperta daqui, empurra dali, entramos todos. Mas a roleta não girava, de tanta gente logo depois dela; ainda bem que ainda faltava um tempo até meu ponto.

Quando passei, vi que tinha muito, mas muito espaço lá atrás! O ônibus é compridão e tem várias portas lá para atrás, mas o povo fica todo socado depois da roleta, na primeira porta. Que m.

Muito pior que isso foi o fato de o ônibus levar mais de 20 minutos para percorrer uma distância RIDÍCULA. Isso porque o corredor “desaparece” em cima de um viaduto e simplesmente o coletivo que transporta umas 200 pessoas fica parado – PARADO – um tempão atrás de 10 carros com no máximo 15 pessoas. Absurdo.

No fim das contas, levei UMA HORA de volta da GV à SUTACO. Acho que a pé daria menos tempo.

Tá errado o fato de um ônibus daquele tamanho ter de ficar na pista atrás dos carros particulares.

Tá errado ter a porcaria da roleta – não precisa,  tem o validador eletrônico! E o cobrador podia estar no ponto, não dentro do ônibus. Quando ele encostasse, podia abrir todas as portas para embarque e desembarque, como um vagão de metrô.

Tá errado não informar direito no ponto de ônibus qual é a parada de cada um.

Tá errado o fato de ter tanto ônibus no corredor! Essa parte não é tão simples de entender, mas depois faço questão de explicar.

Todo mundo ama (ou diz que ama) metrô, mas ônibus em São Paulo é CRUCIAL. Quando funciona, é tão bom... Tô tão mais feliz sem dirigir todo dia... (Eu andava muito de moto, mais do que em qualquer outro meio de locomção). E sem grandes obras, sem enormes investimentos, o sistema de ônibus já podia ser muito melhor. %$#¨&

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