terça-feira, 30 de julho de 2013

Haddad descobrindo a pólvora - 1

Que não tinha nenhuma experiência política, sabíamos todos. Lula, aliás, sensível aos "apelos" pelo novo (devidamente embalados por João Santana a peso de ouro, com as fotos do Fernando "Antônio Banderas" Haddad e efeitos hollywoodianos no horário eleitoral), fez questão de escolher alguém assim - "sem rejeição", "não-político". Um novo poste, como a Dilma.


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Haddad acreditava que tinha experiência administrativa por ter trabalhado na Secretaria de Finanças do governo Marta e principalmente por ter sido Ministro.

Ai que ilusão.

Ser chefe de Executivo é completamente diferente. E não tem nada mais difícil do que ser prefeito de uma cidade-monstro como São Paulo.

Em São Paulo, há muito mais à disposição do que em qualquer outra capital do país. Não só em serviços privados e atividade econômica, mas em equipamentos públicos também. O problema é que somos o centro de uma região metropolitana com 20 milhões de pessoas - dois Paranás ou uma Bahia e meia. E mesmo oferecendo mais do que vários estados juntos, temos essa demanda gigantesca (inclusive de gente do Brasil todo que precisa vir pra cá e vem).

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Nos discursos de campanha, o PT é um dos muitos que dizem: "Como isso pode acontecer na cidade mais rica do país? Na cidade mais rica da América Latina? São não-sei-quantos-bilhões de orçamento anual, mais que não-sei-quantos-países".

É o per capita, estúpido.

Muito do que se arrecada aqui NÃO FICA aqui. Porque são impostos federais, que "sobem" direto, e ainda somos esfolados com os juros e a correção da dívida com a União.

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Durante a campanha, eu e o Levi (!) falamos bastante da dívida, que é impagável. "Em 2012, pagamos 2 bi e a dívida aumentou em 4". O Gianazzi/PSOL é a favor do calote. Que São Paulo pare de pagar imediatamente, porque tem peso para isso, e que seja feita uma auditoria da dívida.

O Haddad prometia fazer acordo com o governo federal, dizendo ou insinuando que ninguém daqui tinha tentado.

Arrã.

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Aqui, a página do meu programa de governo na candidatura de 2012 em que falo sobre questões tributárias.

Segue no próximo post.

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