sábado, 8 de fevereiro de 2014

SUS em tempo real

8 de fevereiro, 16h27.

O seu Walter, irmão de um conhecido meu, passou muito mal de madrugada. Parece que o problema é no rim.

Foi para o João Paulo, pronto-socorro que fica perto de onde ele mora (Brasilândia). Chegou morrendo de dor e pediu um remédio. Não sei bem qual foi o diálogo, sei que a médica que o atendeu falou "o sr quer o que, que eu faça milagre"? Ele tomou uma dipirona, que mal aliviou.

A esposa dele, servidora (não sei se da ativa ou aposentada), tem direito ao Hospital do Servidor. Bem cedo, um médico do Posto enviou um fax com o relatório sobre a condição do paciente, solicitando sua remoção para lá. Do Hospital, responderam que não tinham entendido nada, o pedido estava ilegível e eles não podiam mandar ambulância. Diante da oferta/pedido para que falassem por telefone com o médico para que ele explicasse o que não tinha ficado claro, foram taxativos: NÃO. Tem de mandar outro fax.

Enquanto isso, seu Walter, morrendo de dor, está (adivinhe?) no corredor do PS. Deitado no chão.

Finalmente, outro médico fez outro relatório (deve ter mudado o plantão) e novo fax foi enviado. Até agora... Nada de remoção. O cirurgião que o examinou agora é "rapaz moço, muito gente boa". A funcionária encarregada de solicitar a remoção também foi "bem atenciosa". Mas ela disse que até com ela eles lá do hospital foram meio estúpidos no telefone.

***
Trabalhar em hospital, pronto-socorro etc deve ser uma das coisas mais estressantes que há. Mas pelo amor de deus, se as pessoas não tem compaixão por quem sofre, não podem trabalhar em Saúde.

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