COCAÍNA
Não sei por que tanta gente gosta dessa merda. Tenho horror das pessoas sob efeito de cocaína. Suadas, com os olhos estatelados, ficam prepotentes, agressivas. Têm a sensação de que tudo podem. Dirigem perigosamente, assediam ou agridem mulheres, saem na porrada por nada. Odeio.
Ok, conheço gente que usa/usava - no banheiro da balada, na concentração do sambódromo, na festa em casa - simplesmente para curtir, sem causar mal a ninguém. Ainda assim eu tinha aflição. Inclusive porque a procedência é sempre o crime organizado, não tem alternativa.
Agora o Equador vive uma crise pavorosa relacionada ao narcotráfico. Ah, sim, e o Paraguai, o México, a Amazonia, o Rio de Janeiro, o Brasil inteiro. Esta reportagem (aqui) fala sobre o quanto a pacificação das FARC na Colombia impactou o Equador, com os cartéis mexicanos enxergando no país uma oportunidade de escoamento da sua principal mercadoria.
O PODER dessas quadrilhas é assustador. Cocaína dá muito dinheiro; muito dinheiro traz muito poder - de corrupção, de coerção, de opressão extremamente violenta.
Retorno ao nojo que tenho de cocaína e a noção dos seus efeitos nocivos - o uso em si já é perigoso, e a dependência é DESTRUIDORA. Dito isso: tenho certeza de que o comércio legalizado de cocaína, com regras civilizadas sobre a produção, transporte, distribuição e venda, seria melhor para o mundo do que essas eternas tentativas INÚTEIS de proibir a comercialização, um fracasso global, dos maiores dos últimos séculos.
YANOMAMI
O governo federal decretou EMERGENCIA EM SAÚDE no território Yanomami um ano atrás. O mundo ficou horrorizado com as imagens da FOME e da doença; do perversidade e do genocídio. Eles sobreviveram a um governo de pesadelo, que agiu deliberadamente para enfraquecê-los, prejudicá-los, eliminá-los. Aqui tem um apanhado de declarações públicas de Jair Bolsonaro sobre o assunto; aqui se reproduz uma reportagem do Globo de abril de 2022 descrevendo a monstruosidade que ocorria com os Yanomami àquela altura. E tem essa declaração dele como deputado, em 1998:
Esse outro Lula questionou o Tribunal Penal justamente por causa de outra guerra, a da Russia contra a Ucrania. Porque entende que os dois lados têm culpa; que "quanto um não quer, dois não brigam".
CONCURSÃO
Por um lado, unificar concursos para vários órgãos federais em um só é uma grande ideia do ponto de vista administrativo. Em vez de muitos esforços (e muitas despesas) separados, uma ação de grande alcance.
Por outro... Facilita muito a vida de quem presta concurso apenas porque quer estabilidade no emprego (vai me dizer que você não conhece ninguém?), sem ter o menor interesse em ser um servidor público. Mas o outro modelo não conseguia evitar esse carreirismo, então que seja. Muito pior do que isso é o tipo de prova unificada que vão apresentar. Vai ser mais uma coisa horrorosa no modelo vestibular? Com a exigência besta de informações decoradas e desnecessariamente detalhadas, com pegadinhas e testes para a resistência física com provas de várias horas? Com questões padronizadas para as muitio diferentes áreas disponíveis?
Bom, veremos.